Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, informou que o prejuízo das empresas estatais, principalmente causado pelos Correios, será coberto no Orçamento de 2025.
Ele explicou que o orçamento fiscal e da seguridade social vai absorver o resultado negativo, que foi pior do que esperado, com um déficit de R$ 9,2 bilhões nas estatais, sendo R$ 6,2 bilhões a meta negativa prevista. Esse valor maior se deve ao desempenho dos Correios.
Durigan ressaltou que essa compensação demonstra que o governo está conseguindo cumprir a meta fiscal prometida, mesmo com esse resultado negativo.
Sobre os Correios, ele destacou que o desempenho ruim da empresa tem sido uma preocupação constante. O impacto dos Correios foi o principal responsável pelo resultado negativo no trimestre. Sem a influência dos Correios, e com as receitas sob controle e a revisão dos gastos, o cenário financeiro poderia ser melhor.
Durigan afirmou que pediu diretamente ao novo presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, um plano de reestruturação sólido. O plano deve ser ousado e cuidadoso para garantir que a operação da empresa seja sustentável e melhore a situação financeira dos Correios.
Revisão de gastos
Sobre a revisão dos gastos públicos, Durigan explicou que foi realizado um desbloqueio de recursos, que passou de R$ 12,1 bilhões no 4º bimestre para R$ 4,4 bilhões no 5º bimestre. Isso foi feito para prever as despesas ao longo do ano, considerando pressões e obrigações financeiras, bloqueando o que fosse necessário.
Com a revisão, houve uma redução dos gastos obrigatórios, o que diminuiu o bloqueio em R$ 3,9 bilhões.
Durigan finalizou afirmando que o relatório bimestral mostra um equilíbrio fiscal, onde pontos positivos da revisão de gastos compensam os prejuízos das estatais. Assim, o governo está no caminho para cumprir a meta fiscal primária novamente em 2025.

