De acordo com o relatório Focus, a previsão para o déficit em transações correntes do Brasil em 2025 aumentou pela décima segunda vez consecutiva, passando de US$ 74,10 bilhões para US$ 74,85 bilhões. Anteriormente, essa estimativa era de US$ 72,60 bilhões. Para 2026, a previsão do déficit foi ligeiramente ajustada, de US$ 67,05 bilhões para US$ 67,0 bilhões, enquanto um mês antes estava em US$ 65,39 bilhões.
O mercado espera que esse déficit continue sendo coberto pelos Investimentos Diretos no País (IDP). A mediana para a entrada líquida desses investimentos em 2025 subiu de US$ 79,25 bilhões para US$ 79,70 bilhões; um mês antes, era de US$ 73,0 bilhões. Já para 2026, a projeção passou de US$ 72,40 bilhões para US$ 74,0 bilhões, contra US$ 70,0 bilhões há quatro semanas.
Quanto ao superávit comercial, a previsão para 2025 quase se manteve estável, passando de US$ 63,01 bilhões para US$ 63,0 bilhões, e para 2026, ajustou-se de US$ 66,10 bilhões para US$ 66,0 bilhões.
No último Relatório de Política Monetária (RPM), publicado em 18 de março, o Banco Central (BC) estimava um déficit em transações correntes de US$ 76 bilhões para 2025, com um IDP ligeiramente menor de US$ 75 bilhões. No entanto, a entrada líquida de investimentos em novembro foi maior do que o esperado, atingindo US$ 84,325 bilhões em 12 meses. O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, reconheceu que tais resultados tornam improvável a realização das projeções anteriores do RPM.
As estimativas atuais do BC indicam um déficit de US$ 60 bilhões na conta corrente para 2026, com entrada de US$ 70 bilhões em IDP. Para o superávit comercial, as projeções são de US$ 52 bilhões para este ano e US$ 64 bilhões para o próximo.

