A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um pedido para que quatro médicos designados possam visitá-lo durante sua prisão domiciliar. A solicitação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes na tarde desta quinta-feira (7/8).
Os advogados afirmam que essas visitas são essenciais tanto para a saúde quanto para a integridade física do ex-presidente, além de serem fundamentais para garantir os princípios do regime democrático.
Além disso, Bolsonaro também requereu autorização para receber visitas de membros do Partido Liberal (PL) e de sua equipe de segurança.
Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, o ex-presidente sofreu um agravamento na crise de soluço. Entre os médicos indicados para as visitas estão: Cláudio Birolini, responsável pela última cirurgia realizada em Bolsonaro, Luciana de Almeida Costa Tokarski, Eramos Tokarski e Leandro Santini Echenique.
Diferente dos aliados, os familiares do ex-presidente não necessitam de permissão prévia do STF para as visitas. Em decisão tomada na manhã de quarta-feira (6/8), o ministro Moraes autorizou visitas de filhos, netos, netas e cunhadas de Bolsonaro, ressaltando, porém, que as visitas devem respeitar medidas restritivas, como a proibição do uso de celulares e gravações em vídeo.
Prisões e investigações
A prisão domiciliar foi motivada por um vídeo gravado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, e divulgado em redes sociais. No vídeo, posteriormente removido, Bolsonaro discursava durante uma manifestação.
Os atos em apoio a Bolsonaro aconteceram em diversas capitais brasileiras, entre elas Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante a manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, o senador ligou para seu pai e Bolsonaro agradeceu os apoiadores, destacando o compromisso com a liberdade e o Brasil.
Investigadores da Polícia Federal iniciaram na noite de segunda-feira (4/8) a extração de dados do novo celular do ex-presidente. O aparelho, um Samsung Galaxy S24, foi apreendido ao chegar à residência de Bolsonaro em Brasília. A investigação visa apurar se Bolsonaro coordenou a publicação feita por seu filho sobre os atos ocorridos no fim de semana, o que poderia configurar tentativa de obstrução de justiça.
Conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente descumpriu medidas cautelares da Suprema Corte, estando agora proibido de usar aparelhos celulares direta ou indiretamente. Esta é a segunda apreensão de celular feita pela Polícia Federal desde julho. Além da apreensão, o ministro impôs a prisão domiciliar para Bolsonaro.