A defesa do ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, que foi preso na nova fase da operação da Polícia Federal chamada ‘Sem Desconto’, afirmou nesta sexta-feira (14) que as acusações contra ele não são verdadeiras e que sua prisão é injusta.
Segundo a nota da defesa, Stefanutto sempre agiu com integridade no serviço público, e as acusações não refletem a realidade. A investigação da Polícia Federal afirma que o ex-presidente recebia propina mensal de R$ 250 mil, principalmente de junho de 2023 a setembro de 2024, o que a defesa nega veementemente.
A defesa explica que os relatórios utilizados para a investigação, elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), contêm dados desatualizados e são interpretados de forma errada, criando uma imagem incorreta das movimentações financeiras de Stefanutto.
Os advogados também negam que o ex-presidente tenha atuado como facilitador do grupo criminoso investigado e esclarecem que o parecer técnico emitido por Stefanutto para o Acordo de Cooperação Técnica com a Confederação Nacional de Agricultores Familiares (Conafer) foi feito dentro das normas legais vigentes na época.
A investigação aponta que a Conafer recebeu R$ 708,2 milhões do INSS, dos quais R$ 640 milhões foram desviados para empresas de fachada e contas ligadas ao grupo investigado.
A defesa afirma que a prisão do ex-presidente causa preocupação, pois Stefanutto sempre colaborou com as autoridades e que sua honra está sendo prejudicada por acusações sem fundamento e sem provas concretas.
Nota da defesa na íntegra
A defesa do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, expressa forte indignação contra as informações falsas divulgadas sobre sua conduta. As acusações não correspondem à verdade e ignoram sua trajetória honesta no serviço público.
Não há qualquer prova de que Stefanutto tenha recebido pagamentos de entidades ou pessoas citadas nas investigações. Os dados usados para acusá-lo são incorretos e desatualizados.
Stefanutto não tem qualquer ligação com indivíduos ou empresas mencionados e a tentativa de associá-lo a esses grupos é sem base factual.
O veículo adquirido por ele foi comprado de forma legal e transparente, com comprovação de pagamento, contrariando as versões inventadas.
Ele jamais atuou como facilitador institucional. Sua carreira é marcada por rigor técnico, respeito às leis e compromisso com o interesse público.
O parecer técnico que fundamentou o Acordo com a Conafer foi feito seguindo a legislação vigente, como exige seu cargo.
A prisão é injusta e causa preocupação, pois Stefanutto sempre colaborou com as investigações. Sua honra e reputação estão sendo afetadas por acusações sem base.
A defesa confia que a verdade prevalecerá e que sua inocência será reconhecida ao final do processo.
