MARIANA BRASIL
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, não esclareceu o motivo do dano à tornozeleira eletrônica utilizada por ele.
Apesar da existência de vídeo e documento do Supremo Tribunal Federal (STF) que mostram o dano no aparelho, o advogado classificou a informação como uma tentativa de criar uma justificativa para algo que não tem explicação.
Segundo Bueno, Bolsonaro não teria nenhuma possibilidade de fugir de casa, já que há uma viatura com agentes federais armados vigiando a residência 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Em declarações a jornalistas na saída da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso preventivamente, o advogado mencionou o caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que foi colocado em prisão domiciliar por problemas de saúde.
A prisão preventiva de Bolsonaro foi determinada no sábado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Entre os motivos para a prisão, estão o risco de fuga, a preocupação com a ordem pública após um chamado do filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, para uma vigília no condomínio do pai, e a tentativa de violar o equipamento eletrônico.
No mesmo dia, o ministro Moraes exigiu que a defesa explicasse a tentativa de avariar a tornozeleira. Bolsonaro teria informado a uma agente que usou ‘ferro quente’ para tentar abrir o equipamento. Essa informação está registrada em vídeo e em relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
O advogado afirmou que o ex-presidente sempre participou de todos os atos relacionados ao processo e nunca tentou se esquivar, descrevendo-o como uma pessoa idosa com problemas sérios de saúde, incluindo várias cirurgias desde o atentado que sofreu.
Bueno também destacou que foi humilhante para Bolsonaro ter sua prisão preventiva decretada e que não havia qualquer possibilidade de fuga devido à vigilância constante na residência.
Inicialmente, foi informado que o dano na tornozeleira teria sido causado por uma batida do equipamento na escada, mas a perícia comprovou que não há sinais de choque ou impacto na tornozeleira.
Reiterando, o advogado reforçou que a acusação faz parte de uma narrativa sem fundamentos contra o ex-presidente.
