Os advogados de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como Débora do Batom, que foi condenada por envolvimento nas ações golpistas de 8 de janeiro, apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) os nomes de três pastores para realizarem visitas de assistência religiosa.
Débora ganhou destaque após ter pichado a estátua da Justiça, localizada em frente ao STF, com a frase “perdeu, mané”. Ela se tornou um símbolo da mobilização dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prol da diminuição das penas impostas aos condenados e pela concessão de anistia.
A defesa indicou os pastores Areli Barbosa, Diego Ricardo de Azevedo e Felipe Matias de Jesus para realizarem as visitas às terças e quintas-feiras, das 18h30 às 21h. O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.
Atualmente, Débora cumpre prisão domiciliar conforme determinação do ministro Moraes, após supervisão da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela está usando tornozeleira eletrônica e cumpre outras restrições, como a proibição de contato com outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o uso de redes sociais e a concessão de entrevistas.
Condenada a 14 anos de reclusão pela Primeira Turma do STF, Débora já requer que sua pena seja cumprida em regime domiciliar.
Detalhes do crime
Débora foi sentenciada pelos mesmos cinco crimes que o ex-presidente enfrenta no Supremo. Ela viajou para o Distrito Federal no dia 7 de janeiro e, no dia seguinte, dirigiu-se à Praça dos Três Poderes, onde utilizou batom vermelho para pichar a estátua da Justiça com a frase “perdeu, mané”.
Após o ato, comemorou diante da multidão. A manicure mora em Paulinéia, no interior de São Paulo, e obteve a concessão da prisão domiciliar em 28 de março deste ano. Sua pena total é de 14 anos de reclusão.