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terça-feira, 18/11/2025




Cuidado e atenção ao paciente: Humanizar faz seis anos

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Em novembro, o programa Humanizar completa seis anos desde que foi criado pela primeira-dama Mayara Noronha Rocha. Hoje, essa iniciativa é uma parte importante das 13 UPAs e dos três hospitais que o IgesDF administra. O programa nasceu para garantir acolhimento, escuta ativa e informações claras para quem chega às unidades de saúde em momentos difíceis. Com o tempo, ele cresceu e se tornou uma política permanente de cuidado, que ajuda a melhorar o atendimento e criar laços dentro da rede de saúde.

Mayara Noronha Rocha lembra que o projeto surgiu de uma preocupação. “Ninguém deveria enfrentar o sistema de saúde sozinho, especialmente quando está fragilizado. Eu sabia que podia ser diferente. O Humanizar nasceu dessa certeza”, diz ela.

Para a primeira-dama, ver o programa crescer é motivo de orgulho. “Quando o Humanizar está presente em cada UPA e hospital do IgesDF, percebemos que a sensibilidade pode se tornar uma política pública”, destaca.

A visão da idealizadora

Para Mayara Noronha Rocha, o impacto do Humanizar vai além das unidades de saúde e influencia toda a cultura da rede. “Saúde sem afeto não existe. A humanização não é enfeite, é parte do cuidado. Sonho que cada servidor do DF veja o paciente como alguém com histórias, medos e esperanças”, afirma.

Ela também deseja que o programa cresça ainda mais. “Quero que o Humanizar alcance todas as unidades de saúde do Distrito Federal. Cada colaborador é uma luz para quem enfrenta momentos difíceis”, conclui.

A construção de uma cultura

Iniciado em 29 de novembro de 2019, o Humanizar começou com 33 colaboradores dedicados a acolher as pessoas que chegavam. O objetivo era claro: diminuir o sofrimento, facilitar a comunicação e garantir cuidado desde o primeiro contato.

Com o tempo, o programa passou a fazer parte da gestão do IgesDF. Hoje, são 136 colaboradores nas 13 UPAs, no Hospital de Base, no Hospital Regional de Santa Maria e no Hospital Cidade do Sol. Todos participam de treinamentos que desenvolvem escuta verdadeira, empatia e comunicação direta, bases da humanização.

Para a primeira-dama, o diferencial do programa é colocar o paciente no centro do atendimento. “O Humanizar não é feito de discursos. É presença real. É olhar nos olhos, explicar com clareza e segurar a mão de quem está com medo”, destaca.

Ela acredita que o crescimento da equipe prova a importância do Humanizar. “Quando um paciente diz que finalmente se sentiu acolhido, sabemos que estamos no caminho certo.”

À frente da legislação

Em abril de 2025, a lei nº 15.126 atualizou os princípios do SUS e tornou a atenção humanizada obrigatória nos serviços de saúde. Quando a lei foi criada, o IgesDF já praticava essa visão por meio do Humanizar.

A gerente geral de Humanização e Experiência do Paciente, Anucha Soares, destaca esse pioneirismo. “O Instituto estava à frente do seu tempo. Hoje, outras instituições nos procuram para aprender como estruturamos esse modelo”, afirma.

O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, ressalta a expansão do programa. “É emocionante ver o quanto o Humanizar cresceu. Hoje, é referência até fora do Distrito Federal. A forma como cuidamos das pessoas mostra que atendimento público pode ser feito com dignidade e sensibilidade.”

Ele destaca também o cuidado com a equipe. “É importante cuidar de quem cuida. Já avançamos em uniformes, plano de saúde e melhores condições de trabalho. Nosso compromisso é fortalecer ainda mais essa política.”

Histórias que mostram o impacto

O sucesso do Humanizar aparece nas histórias dos auxiliares de humanização, que mostram como pequenas ações mudam a experiência dos pacientes.

Angélica Gomes, auxiliar da UPA de Brazlândia, lembra de uma paciente que passou o aniversário internada. Ao ser felicitada, emocionou-se muito. “Ela chorou como se tivesse ganhado um pedaço do seu dia”, conta Angélica, que conseguiu um bolo especial para a dieta e reuniu a família. “Para mim era simples. Para ela, foi tudo”, diz.

Outro momento marcante para Angélica foi o vínculo com um paciente idoso. “Ele me acolheu tanto quanto eu o acolhi. Até hoje me manda mensagens dizendo que está bem.” Para ela, o Humanizar demonstra que “um gesto simples, um abraço ou uma conversa sincera podem transformar o dia de alguém”.

O analista de humanização, Atila Rodrigues, responsável também pelo projeto Dose de Alívio, recorda o paciente Agostinho, que gostava de cantar. “A filha disse que ele se sentia famoso quando cantava. Montamos um karaokê só para ele. Dois meses depois, ele faleceu. Saber que criamos uma boa memória é o que nos impulsiona”, ressalta.

Além dos atendimentos, o Humanizar produz materiais carinhosos, como jornalzinho interativo, cartilha de direitos e Prontuário Afetivo, que ajuda acompanhantes a entenderem o atendimento.

Para a chefe do Núcleo de Humanização, Letícia Ângelo, fortalecer a equipe é fundamental. “Nas reuniões, os auxiliares percebem a força do grupo. Cada história compartilhada reforça o propósito do Humanizar




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