Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), desde janeiro de 2017, foram registradas quase 3 mil denúncias no Brasil relacionadas a atendimentos ou procedimentos oftalmológicos feitos por pessoas sem qualificação médica adequada.
O CBO observa que tem crescido o número de denúncias sobre atendimentos oferecidos por pessoas que não são médicas, frequentemente em óticas e estabelecimentos comerciais, realizando exames, diagnósticos e até prescrição de lentes sem autorização legal.
Entre janeiro de 2017 e junho deste ano, foram feitas 2.950 denúncias envolvendo essas práticas ilegais, com 142 ocorrências somente no primeiro semestre de 2025.
O Conselho alerta que essa situação não é apenas uma questão legal, mas representa um risco sério à saúde pública. Por isso, recomenda-se que as pessoas sempre busquem atendimento com profissionais médicos oftalmologistas devidamente qualificados.
Importante saber
Exames oftalmológicos devem ser realizados por médicos registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) e que possuam o Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Além disso, os profissionais precisam atuar em locais que sigam os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo a segurança, a qualidade dos equipamentos e as condições sanitárias necessárias.
Essas normas asseguram que o paciente receba atendimento adequado e seguro, algo que não pode ser garantido em atendimentos realizados por estabelecimentos comerciais que não contam com equipe médica.
Debate e conscientização
O aumento dessas denúncias será discutido no 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontecerá em Curitiba, reunindo especialistas e pesquisadores para tratar sobre os avanços e os desafios na área da saúde ocular.
O evento inicia no dia 27 e segue até o dia 30, promovendo a troca de conhecimentos e a atualização dos profissionais de saúde.