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quarta-feira, 22/10/2025

Cuba denuncia EUA por pressionar países para manter embargo econômico

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Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, declarou nesta quarta-feira (22/10) que os Estados Unidos estão submetendo vários países, especialmente na Europa e América Latina, a uma intensa pressão e chantagem para evitar que votem contra o embargo econômico imposto à ilha.

De acordo com o chanceler, o Departamento de Estado dos EUA orientou seus diplomatas a coagir governos estrangeiros, enviando comunicações que ameaçam retaliações comerciais e econômicas caso estes continuem a apoiar Cuba nas Nações Unidas (ONU).

Rodríguez expressou que o governo comandado por Donald Trump adotou uma política de coerção, e não de diplomacia.

O ministro também criticou uma campanha de desinformação promovida pela Casa Branca para distorcer o debate que acontecerá na Assembleia Geral da ONU, no final de outubro, quando Cuba apresentará novamente sua proposta anual contra o embargo imposto, medida que tem sido condenada pela maioria dos países da organização há mais de 30 anos.

Segundo Rodríguez, Washington tenta relacionar Havana a temas controversos como tráfico de drogas e a guerra na Ucrânia, com o intuito de justificar a permanência do bloqueio. Ele considerou essas acusações falsas e hipócritas, ressaltando que Cuba tem sido alvo direto das agressões estadunidenses.

“Acusar Cuba, uma nação pacífica, de sofrer agressões, inclusive direta dos Estados Unidos, é extremamente hipócrita”, declarou.

O chanceler apontou ainda que as restrições impostas por Washington causaram prejuízos superiores a 7,5 bilhões de dólares apenas no último ano, afetando sobremaneira o sistema de energia e o fornecimento de combustível da ilha. Empresas têm recusado fornecer peças ou suporte técnico a Cuba devido à pressão estadunidense.

O embargo econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba vigora desde a década de 1960. Em junho, o presidente Donald Trump assinou uma ordem reforçando as sanções e proibindo o turismo americano na ilha, ação que o governo cubano responsabiliza pela escassez e dificuldades enfrentadas pela população local.

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