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terça-feira, 16/12/2025

Crise de água preocupa São Paulo

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Após registrar o ano mais seco da última década, São Paulo enfrenta uma grave crise no abastecimento de água, com possibilidade de endurecimento das regras de racionamento atualmente em vigor na capital, que registra chuvas abaixo da média histórica por três anos consecutivos.

As previsões indicam um aumento nas chuvas a partir do início de 2026, o que poderia ajudar a recuperar os níveis normais dos reservatórios.

A represa Jaguari-Jacareí, o maior reservatório do estado, situada a 120 km ao nordeste da cidade e que abastece 9 milhões de pessoas, está operando com menos de 18% de sua capacidade nesta terça-feira (16), uma situação comparável à seca severa de 2014.

O nível de água diminuiu tanto que grande parte da represa está seca, restando apenas pequenos riachos, conforme observou a AFP.

“Desde agosto, a água vem diminuindo constantemente. É preocupante ver isso dia após dia. Houve um pouco de chuva nesta semana, mas não foi suficiente para aumentar o volume da água”, contou à AFP Daniel Bacci, proprietário de uma pousada próxima à represa Jaguari-Jacareí.

Especialistas apontam que o clima em São Paulo mudou nas últimas décadas devido ao aquecimento global, com chuvas anuais menores, embora mais intensas durante a temporada de chuva.

A represa Jaguari-Jacareí integra o sistema hídrico Cantareira, principal fonte de água da megalópole, que recentemente esteve operando com menos de 20% da capacidade total.

Se os níveis permanecerem tão baixos até janeiro, o sistema poderá atingir, pela primeira vez, a classificação “mais crítica prevista” de um protocolo de 2017 para situações de escassez, alertou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Em outubro, o governo estadual iniciou um plano de contingência que prevê o racionamento de água por meio da redução da pressão nas tubulações, por até 16 horas diárias.

No caso de um colapso total do sistema, com níveis quase zerados nas represas, está previsto um rodízio de corte no fornecimento de água.

Na semana passada, São Paulo enfrentou caos causado por uma tempestade com ventos fortes, que deixou milhares sem energia elétrica e causou cancelamento de centenas de voos.

AFP

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