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sexta-feira, 31/10/2025

Criminosos do Comando Vermelho provocam a polícia: “Os jovens estão na rua com AK-47”

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Após a operação policial mais violenta já registrada no Rio de Janeiro, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, membros do Comando Vermelho (CV) divulgaram nesta quinta-feira (30/10) um vídeo zombando das forças de segurança responsáveis pela Operação Contenção, iniciada na terça-feira (28/10).

No vídeo, os criminosos exibem armas de grande calibre e provocam: “Nós somos os jovens, caramba. Só AK-47. Só R10. Pesado. Os jovens estão na rua”. Em outro momento, um deles afirma: “É facção. Somos os jovens. Estamos no centro.”

Arsenal valioso

O delegado Vinicius Domingos, da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), compartilhou nas redes sociais fotos do armamento apreendido durante a operação.

Segundo ele, a CFAE (Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos) está analisando os fuzis, que serão posteriormente encaminhados para perícia.

Em uma análise preliminar, o delegado informou que foram confiscados:

  • 11 fuzis G3 (fabricados na Alemanha)
  • 13 FALs (fabricados na Bélgica)
  • 16 AK-47 (fabricados na Rússia)
  • O restante são fuzis AR (fabricados nos Estados Unidos)

Domingos destacou que mais de 90% dos fuzis do modelo AR são “cop fakes”, ou seja, armas falsificadas.

Esse armamento revela o poder bélico milionário do Comando Vermelho. Apenas em fuzis, foram apreendidas 91 armas longas, avaliadas em cerca de R$ 5,4 milhões, conforme a Polícia Civil.

Ao todo, 118 armas de fogo foram recolhidas, incluindo pistolas, um revólver e 14 explosivos, todas prontas para uso e equipadas com lunetas e miras holográficas que aumentam o alcance e a potência dos disparos.

Operação mais letal do RJ

A megaoperação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes em 26 comunidades dos complexos da Penha e do Alemão, resultou em um cenário de horror e destruição. Moradores foram flagrados tentando recolher e cobrir corpos nas ruas.

As imagens mostram veículos carregados com cadáveres e pessoas cobrindo os mortos com panos. Os corpos foram até alinhados na Praça São Lucas, na Penha, criando um cenário sem precedentes na região.

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