Dois presos fugiram da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, uma prisão de segurança máxima no Tocantins, na quinta-feira, dia 25 de dezembro, véspera do Natal. Um dos fugitivos é Renan Barros da Silva, de 26 anos, conhecido como o criminoso que cometeu vários assassinatos na região.
Renan e outro detento, Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, conseguiram serrar as grades da cela e escaparam usando uma corda feita de lençóis para descer pelo alambrado, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins.
Em maio de 2021, Renan foi responsável por três homicídios em Araguaína. Naquela época, a polícia considerou ele um serial killer, pois ele já respondia por outros três assassinatos.
Segundo a Secretaria, os dois fugitivos têm ligação com o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e cumpriam pena por homicídios e outros crimes graves. Eles são considerados extremamente perigosos.
A polícia civil e outras forças de segurança continuam as buscas intensas para encontrar e recapturar os fugitivos, especialmente na região sul do estado.
Quem tiver informações que ajudem a localizar os criminosos pode ligar para os números 190 ou 197, ou para a Central de Flagrantes 24 horas de Gurupi, no telefone (63) 3312-4110, que também atende pelo WhatsApp. A Secretaria garante que as denúncias são mantidas em sigilo.
Sobre os crimes
Em maio de 2021, três corpos de homens foram encontrados em um matagal em Araguaína. Uma quarta pessoa que passou perto do local foi surpreendida por disparos, mas conseguiu escapar. A polícia confirmou que Renan Barros da Silva foi o autor desses crimes.
A 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Araguaína afirmou que os assassinatos foram planejados. Renan comprou munição, se hospedou em um hotel, roubou uma bicicleta e se escondeu em um matagal para atacar as vítimas que passavam de motocicleta, atirando para matá-las sem chance de defesa.
Ele permaneceu por cerca de uma hora e meia no local dos assassinatos. Após matar as vítimas, Renan removeu os corpos da área e os jogou no matagal, enquanto a motocicleta de uma das vítimas foi abandonada em uma ribanceira.
Renan Barros da Silva também responde por outros três assassinatos: dois em novembro de 2020 no Tocantins e um em junho de 2021 na cidade de Estreito, no Maranhão. Segundo o delegado Adriano de Aguiar, o modus operandi era o mesmo, usando uma pistola calibre 380 para disparar na cabeça das vítimas.
Testemunhas contam que Renan também cometia crimes de arrombamento e roubo de lojas, levando computadores, celulares e dinheiro, com perdas estimadas entre 80 a 100 mil reais. Ele costumava circular pelos estados do Pará, Maranhão e Tocantins.
Estadão Conteúdo

