15.5 C
Brasília
quinta-feira, 31/07/2025

Crescimento dos casos de câncer de pele em idosos

Brasília
céu limpo
15.5 ° C
15.5 °
15.5 °
51 %
1kmh
0 %
qui
27 °
sex
27 °
sáb
27 °
dom
26 °
seg
27 °

Em Brasília

Nas últimas três décadas, houve um aumento significativo nos casos de câncer de pele entre idosos em escala global, conforme destacado por um estudo recente publicado na revista Jama Dermatology, que analisou dados entre os anos de 1990 e 2021.

Este é o primeiro levantamento que oferece uma visão detalhada das variações do câncer de pele em pessoas mais velhas, levando em consideração fatores como idade, gênero e condição socioeconômica.

A pesquisa indica que, nesse período, a incidência de carcinoma basocelular subiu 61,3% e a de carcinoma espinocelular cresceu 42,5%. Os maiores índices foram detectados em homens e em locais desenvolvidos economicamente, tais como Austrália, Nova Zelândia e América do Norte. Os autores sugerem que a combinação de pele clara e maior exposição solar contribui para esses números.

No caso dos homens, a menor adesão a práticas preventivas, como a aplicação de filtro solar, pode estar relacionada aos índices elevados. A dermatologista Selma Hélène, do Einstein Hospital Israelita, destaca que o aumento da longevidade tem levado a mais consultas dermatológicas entre idosos, o que também eleva o número de diagnósticos.

Além disso, a detecção precoce dos tumores cutâneos não melanoma tem influenciado o aumento dos casos registrados. Esses cânceres estão associados à exposição ao sol e fatores genéticos. Sobre o melanoma, que pode surgir em pintas adquiridas ao longo da vida ou presentes desde o nascimento, Selma Hélène explica que a identificação precoce é crucial, pois este tipo pode disseminar-se para outros órgãos e ser mais agressivo em pacientes jovens.

Principais características e prevenção

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer. Pode surgir em diferentes regiões do corpo e, quando detectado cedo, apresenta boas chances de cura.

A exposição solar intensa e sem proteção ao longo da vida, incluindo episódios de queimaduras, é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença. Existem vários tipos, sendo classificados principalmente em melanoma e não-melanoma. Os carcinomas basocelular e espinocelular representam a maioria dos casos não-melanoma, que são mais frequentes em pessoas acima de 40 anos e de pele clara.

Sinais suspeitos incluem assimetria, bordas irregulares, múltiplas cores, diâmetro maior que seis milímetros ou alteração no tamanho de manchas ou pintas. No caso do não-melanoma, os sintomas podem incluir caroços, manchas ou feridas que não cicatrizam, podendo apresentar coceira, crostas ou sangramentos.

A localização mais comum do câncer de pele são áreas expostas ao sol, reforçando a importância do uso de proteção solar adequada, roupas protetoras, chapéus e óculos com filtro UV.

O diagnóstico é feito por dermatologistas e pode envolver exames clínicos, dermatoscopia ou biópsia quando necessário. O tratamento mais indicado, conforme o Ministério da Saúde, é a cirurgia oncológica para remoção das lesões, que geralmente não requer internação nos estágios iniciais. Radioterapia e quimioterapia podem ser utilizadas em casos mais avançados.

Importância da prevenção desde a infância

A prevenção deve começar ainda na infância, já que a maior exposição solar ocorre nos primeiros vinte anos de vida. É fundamental valorizar o uso de protetor solar, roupas adequadas, evitar o horário de sol mais forte e realizar avaliações regulares da pele.

Selma Hélène ressalta que o cuidado contínuo pode salvar vidas, reforçando a necessidade de se atentar aos sinais da pele e consultar regularmente um dermatologista.

Veja Também