A quantidade de atendimentos na área de Atenção Psicossocial aumentou 15% de maio a agosto deste ano. Durante esse período, foram realizados mais de 145 mil procedimentos, sendo que a maioria aconteceu nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Apenas 1% dos atendimentos ocorreu em outros serviços.
Esses dados fazem parte do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) do segundo quadrimestre de 2025, apresentado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) no dia 4 de dezembro.
Grande parte desse progresso é resultado das mudanças na gestão feitas a partir de janeiro de 2025. A subsecretária de Saúde Mental, Fernanda Falcomer, destacou que uma das gerências da nova unidade se dedica exclusivamente a fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Esse grupo incentiva o trabalho conjunto com a Atenção Primária à Saúde (APS).
Trabalho conjunto no cuidado
Uma das estratégias utilizadas é o apoio matricial, que promove a integração dos serviços de saúde através de ações compartilhadas entre as equipes, assegurando a responsabilidade conjunta pelo cuidado dos pacientes, ao invés de simples encaminhamentos.
No período analisado, todos os Caps realizaram atividades de matriciamento e 74% fizeram mais de cinco ações por mês em cooperação com a APS, superando em 10% a meta planejada para 2025.
Fernanda Falcomer explica que essa estratégia é crucial para manter o vínculo do usuário com a Raps e não apenas com um serviço isolado. Além disso, o matriciamento permite a gestão compartilhada dos casos e promove a troca de conhecimentos que ajuda a qualificar as equipes.
Expansão dos serviços
Simultaneamente, o Governo do Distrito Federal está ampliando o número de Caps, que passará de 18 para 23 unidades. Duas dessas novas unidades, destinadas a crianças e adolescentes, estão quase prontas e localizadas no Recanto das Emas e no Gama, oferecendo atendimento 24 horas.
*Informações fornecidas pela Secretaria de Saúde

