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segunda-feira, 29/09/2025




Cresce a produção de plástico reciclado no Brasil em 2024

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A produção de plástico reciclado no Brasil, conhecida tecnicamente como resina plástica reciclada pós-consumo (PCR), alcançou 1,012 milhão de toneladas em 2024, uma alta de 7,8% comparada a 2023. Esses dados são resultado de um estudo anual solicitado pelo Movimento Plástico Transforma, uma iniciativa do PICPlast, fruto da parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e a Braskem.

O faturamento da indústria de reciclagem teve crescimento e atingiu R$ 4 bilhões em 2024, representando um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. O setor também ampliou seu quadro de funcionários, gerando 20.043 empregos diretos, o que indica um crescimento de 7,7%. A capacidade instalada das indústrias que trabalham com reciclagem subiu 1,9%, chegando a 2,43 milhões de toneladas.

A maior parte da resina PCR produzida em 2024 foi destinada aos setores de Alimentos e Bebidas, com 167 mil toneladas, e Higiene Pessoal, Cosméticos e Limpeza Doméstica, com 132 mil toneladas, setores que registraram alta demanda por embalagens que incluam material reciclado.

A Agroindústria também teve demanda significativa, com 92 mil toneladas e crescimento superior a 35% em relação a 2023, impulsionada por produtos como lonas, mangueiras e embalagens para agroquímicos.

Maurício Jaroski, diretor de Química Sustentável e Reciclagem da MaxiQuim, destacou que, comparando com 2018, o panorama mudou, pois naquela época a construção civil era o principal destino da resina reciclada, enquanto o setor de alimentos e bebidas tinha menor participação. Essa mudança reflete avanços nas regulamentações e o compromisso de grandes marcas com a economia circular e materiais sustentáveis.

Regiões

O estudo mostrou que a reciclagem de plástico está concentrada principalmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, que lideram todas as fases da cadeia, desde a geração do resíduo até a produção da resina reciclada pós-consumo (PCR).

A Região Sudeste é a maior geradora de resíduos plásticos, com 48,1% do total (2,3 milhões de toneladas), além de ser o principal centro de processamento, respondendo por 47% do consumo de resíduos pela indústria e 55,5% da produção nacional de PCR (559 mil toneladas).

A Região Sul segue em segundo lugar, com 26% do consumo de resíduos e 26,2% da produção de PCR (266 mil toneladas). Já a Região Nordeste aparece como a terceira maior produtora de PCR, com 13,7% do total (139 mil toneladas) e um crescimento marcante de 16,6% em relação a 2023.




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