As liberações de crédito consignado para funcionários do setor privado aumentaram 5,5% em setembro na comparação com agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, 29. O valor total subiu de R$ 6,066 bilhões para R$ 6,399 bilhões no período.
O crescimento reflete o impacto do novo modelo de consignado privado, chamado Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo no fim de março. O saldo dessa modalidade teve um aumento de 9,6% em agosto, alcançando R$ 59,457 bilhões.
A taxa média de juros do consignado privado subiu de 56,3% ao ano em agosto para 58,4% em setembro.
O governo espera que, com o Crédito do Trabalhador, os tomadores passem a optar por linhas com juros mais baixos. No entanto, a média dos juros no consignado privado tem subido neste início, refletindo a adaptação das instituições financeiras à nova modalidade e o interesse nesse segmento.
Um estudo divulgado pelo Banco Central no Relatório de Política Monetária do terceiro trimestre revela que a taxa média de juros do novo consignado privado foi de 58,0% ao ano entre março e julho, valor superior ao consignado tradicional, que é baseado em convênios já existentes entre bancos e empresas (36,2%), mas inferior ao crédito pessoal sem consignação (106%).
Estadão Conteúdo
