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quinta-feira, 04/09/2025

CPMI vota pedidos de informações sobre Careca do INSS

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizará sua quinta sessão nesta quinta-feira (4/9) às 9 horas. Na pauta da reunião, constam 56 requerimentos, entre os quais 13 solicitam informações relativas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido popularmente como “Careca do INSS”.

Os requerimentos encaminham solicitações à Polícia Federal (PF) para obter dados sobre as viagens internacionais realizadas pelo lobista nos últimos cinco anos, registros de entradas e saídas do Brasil, além de informações acerca dos veículos apreendidos na Operação Sem Desconto.

Também estão incluídos pedidos para a revogação do sigilo de 100 anos imposto sobre o acesso de Antônio Carlos às dependências do Congresso Nacional.

Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, o Senado Federal impôs sigilo sobre as visitas efetuadas pelo lobista ao Congresso e tem se recusado a informar sobre a entrada de representantes da entidade investigada Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB).

Na prática, mesmo que os requerimentos sejam aprovados, os parlamentares da CPMI consideram provável que o Senado negue o acesso às informações sobre as pessoas que o Careca do INSS encontrou. Por isso, alguns membros da comissão defendem a judicialização do tema para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a respeito.

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, atuava com procurações das associações para defender seus interesses perante o INSS. Quebras de sigilo bancário revelaram pagamentos feitos por ele e suas empresas a parentes de ex-dirigentes do INSS. Ele recebia 27,5% sobre os descontos aplicados nas aposentadorias que conseguia para seu grupo.

Escândalo ligado ao INSS

O caso foi divulgado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que as entidades envolvidas arrecadaram cerca de R$ 2 bilhões em um ano com descontos de mensalidades de aposentados, enquanto enfrentavam milhares de processos por fraudes nas filiações dos segurados.

As reportagens motivaram a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e contribuíram para as investigações realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 matérias do portal foram listadas pela PF como base para a Operação Sem Desconto, desencadeada no dia 23 de abril deste ano, que resultou na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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