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terça-feira, 02/09/2025

CPMI pede prisão de envolvidos em fraudes no INSS

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Durante uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os parlamentares decidiram solicitar a prisão preventiva de alguns indivíduos acusados de participar do esquema fraudulento.

A comissão irá encaminhar ao ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido para prisão de Maurício Camisotti, Antônio Carlos Camilo, Antônio Luz, Fernando de Araújo, Márcio Alaor, André Fidelis, Virgílio Antônio Ribeiro, Eric Fidelis e Ramon Novais.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que todos esses nomes estão incluídos no inquérito principal conduzido pela Polícia Federal, que trata dos descontos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. Segundo ele, o inquérito contém mais de três mil páginas devidamente fundamentadas.

Alfredo Gaspar ressaltou que a prisão é essencial para evitar que os acusados fujam. Ele afirmou que existem indícios claros da autoria e evidências que comprovam a materialidade dos crimes. O delegado responsável pelo inquérito-mãe havia sugerido medidas alternativas à prisão preventiva, mas o relator discordou considerando o contexto atual do país, onde muitos estão presos por delitos menores.

Ele enfatizou, “considero essa decisão um desrespeito à justiça brasileira, visto que existem fundamentos claros para a prisão preventiva. O Brasil é extenso, já houve diversos casos de fuga, e o risco de fuga desses criminosos é muito grande.”

Detalhes da investigação

Questionado pelo relator, Eli Cohen afirmou com clareza que todo o esquema envolvendo descontos ilegais em benefícios previdenciários estava centralizado em Maurício Camisotti. Relatou que a empresa THG, pertencente a Camisotti, era a principal beneficiária dos valores das fraudes, e que aproximadamente 27,5% desse dinheiro era destinado ao apelidado “Careca do INSS”.

Eli Cohen contou que descobriu as fraudes quase acidentalmente, após ser procurado por duas pessoas em 2023 que eram usadas como laranjas das empresas de Camisotti. Essas pessoas recebiam salário mínimo para figurarem como presidentes de uma associação de fachada chamada Ambac, ligada a Camisotti, e pediam uma indenização.

Ao investigar o assunto via internet, Eli Cohen constatou rapidamente que se tratava de um esquema fraudulento. Após uma breve menção na Revista Veja, foi contatado pelo jornalista Luiz Vassalo, do Metrópoles. A partir da reportagem veiculada, as autoridades públicas iniciaram a investigação que confirmou a fraude.

Eli Cohen explicou que buscou apoio da imprensa porque a Polícia Civil de São Paulo não avançou nas investigações após ele ter apresentado uma notícia-crime em abril de 2023.

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