O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), protocolou esta semana o requerimento que permite a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com a finalidade de apurar descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa fraude foi descoberta pelo Metrópoles.
Líderes dos partidos passaram a ter o direito de escolher os integrantes do grupo, formado por deputados e senadores, totalizando 15 membros titulares e 15 substitutos.
De acordo com o Metrópoles, o nome mais cotado para presidir a CPMI é o do senador Omar Aziz (PSD-AM). Consequentemente, a relatoria ficará a cargo de um deputado, provocando uma disputa acirrada entre governistas e opositores pelo controle deste cargo.
O PL reivindica essa posição alegando que a CPMI é tradicionalmente um espaço de oposição, e que uma deputada do partido, coronel Fernanda (PL-MT), foi a responsável pelo requerimento que instalou a comissão. Porém, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou ao PL que o pedido não será atendido.
Para amenizar os conflitos políticos na comissão, Hugo Motta optou por escolher um nome de um partido considerado mais neutro, do Centrão. Como acreditam que Omar Aziz é um centrista próximo ao governo, a oposição defende que a relatoria siga uma linha semelhante, com um relator que se incline para esse lado.
Em entrevista ao Metrópoles, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), citou três nomes que correspondem ao perfil desejado pelo partido e que contam com sua aprovação: o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (União-PE), Alfredo Gaspar (União-AL) e Evair de Melo (PP-AL).