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quinta-feira, 27/11/2025




CPMI do INSS ouve contador ligado a empresas suspeitas de fraudes

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Em Brasília

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS adiou, nesta quinta-feira (27/11), a convocação do Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias. O pedido foi apresentado por parlamentares da oposição ao governo.

Antes do início da sessão, houve uma discussão acalorada de 10 minutos sobre os requerimentos solicitados.

Na sessão anterior da CPMI, os deputados apontaram indícios de que o AGU teria sido alertado sobre irregularidades no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), onde atua como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ignorou as denúncias para proteger seu aliado.

A comissão também ouviu o contador Mauro Palombo Concílio, ligado a diversas empresas que receberam recursos da Amar Brasil, empresa suspeita de envolvimento em fraudes contra aposentados, conforme investigação do Metrópoles.

O caso ganhou repercussão após reportagens do Metrópoles a partir de dezembro de 2023 que mostraram que as associações suspeitas tiveram um aumento significativo em arrecadação via desconto em mensalidades de aposentados, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, apesar de estarem envolvidas em milhares de processos por fraudes nas filiações de segurados.

As reportagens motivaram a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e fortaleceram as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 reportagens foram consideradas pela PF para deflagrar a Operação Sem Desconto, ocorrida em abril, que resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Para integrantes do governo, a movimentação da CPMI, presidida por Davi Alcolumbre (União-AP), tem como objetivo desgastar o indicado do presidente Luiz Inácio Lula (PT) antes de sua sabatina no Senado para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para 10 de dezembro.

O contador Mauro Palombo Concílio foi convocado depois que se constatou que ele era responsável pela contabilidade de várias empresas que receberam quantias milionárias da Amar Brasil. Esta entidade está sob investigação judicial por seu suposto envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas.




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