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quinta-feira, 25/12/2025

CPMI do INSS convoca governador Romeu Zema e rejeita convocações polêmicas

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Na última reunião da CPMI do INSS em 2025, realizada quinta-feira (4), os parlamentares aprovaram a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Foram rejeitados os pedidos para convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do advogado-geral da União, Jorge Messias, recém indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também não foram aceitos convites para ouvir representantes dos bancos Santander, C6 e da Crefisa.

Durante a reunião, com a análise de 181 requerimentos, senadores e deputados, tanto do governo quanto da oposição, se dividiram. Houve acusações mútuas de interesses políticos, especialmente no caso da convocação do governador Romeu Zema.

Antes da votação, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), leu um comunicado do governador informando que ele não administra desde 2018 a Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Romeu Zema disse que não tem informações sobre as atividades da empresa e que elas devem ser prestadas pela diretoria da companhia.

O pedido da convocação foi feito pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que afirmou tratar-se de uma medida sem perseguição política. Segundo ele, o governador ainda detém 16,41% das ações da empresa.

Para a senadora Tereza Cristina (PP-MS), a convocação foi indelicada, pois outras autoridades foram convidadas de forma diferente.

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, disse que a convocação tem viés político e foge ao tema central da CPMI.

Fábio Luís Lula da Silva

Parlamentares da oposição citaram depoimento de ex-funcionário do INSS, que indicou que o filho do presidente Lula receberia uma mesada de R$ 300 mil. O senador Sergio Moro (União-PR) alegou que Lulinha estaria envolvido em articulações criminosas.

Porém, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo, desafiou a oposição a apresentar provas contra Fábio Luís Lula da Silva, afirmando que não há relação da CPMI com ele.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), disse ter recebido ligação de testemunha que se sente ameaçada e solicitou comunicação ao STF e à Polícia Federal.

Jorge Messias

O senador Rogério Marinho destacou a importância do advogado-geral da União, Jorge Messias, dizendo que ele teria analisado pedidos de investigação à AGU, porém alguns sindicatos ligados a familiares do presidente Lula ficaram de fora.

Por outro lado, a senadora Eliziane Gama (PDT-MA) defendeu Jorge Messias, destacando sua reputação ilibada e importância no ressarcimento de prejuízos causados por fraudes no INSS.

Outras decisões da CPMI

Foi aprovada a convocação e quebra de sigilos do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, envolvido na Operação Compliance Zero da Polícia Federal.

Pedidos para convocação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, foram retirados para após o recesso.

Foram aceitas várias quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático, mas rejeitados pedidos relacionados ao ex-ministro Carlos Lupi e à Danielle Miranda Fonteles, ligada à Pepper Comunicação Interativa.

Depoimento e próximos passos

Após a reunião, o senador Carlos Viana informou que busca assinaturas para estender o prazo de funcionamento da CPMI, que está previsto para terminar em 28 de março de 2026.

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