A P2, identificada pela primeira vez no Rio de Janeiro, também foi encontrada em um morador da capital federal, em julho do ano passado.
Além da variante britânica do novo coronavírus, uma outra, igualmente preocupante, já circula no Distrito Federal. É a P2, relatada pela primeira vez no Rio de Janeiro.
O sequenciamento genético da nova cepa foi detectado a partir da amostra coletada de um homem, 32 anos, em 23 de julho do ano passado. Assim como no caso da cepa britânica, identificada como B.1.1.7, o material da variante carioca foi enviado ao Adolfo Lutz pelo Lacen de Teresina, no Piauí.
Conforme o Correio antecipou na quinta-feira (18/2), a B.1.1.7 foi identificada em uma amostra coletada em 31 de dezembro do ano passado, em ao menos duas pessoas: um homem de 33 anos e outro de 25.
A variante P2 é uma mutação genética da cepa B.1.1.2.8, que circula no Brasil desde março. A P2 é considerada preocupante porque, assim como a P1, a variação brasileira relatada inicialmente no Amazonas, é transmitida de forma mais rápida. Os cientistas ainda pesquisam se ela é ou não mais letal.
Banco de dados
Essas informações da identificação de novas cepas da covid-19 no DF estão disponíveis no banco de dados Gsaid. O professor e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Bergmann Morais explica que esta plataforma é atualizada por cientistas do mundo todo. “Ela reúne os resultados de todos os laboratórios do mundo. Lá, os pesquisadores e cientistas incluem os resultados do sequenciamento de genomas das amostras que receberam”, diz.
Ou seja, após identificarem a linhagem de um genoma, os profissionais cadastram o resultado na plataforma. “Só depois disso que escrevem e enviam os relatórios de sequenciamento aos governos e secretarias de saúde. Por isso, pode haver um atraso na comunicação após a identificação de uma nova linhagem”, completa Bergmann.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) não respondeu aos questionamentos. O espaço segue aberto para manifestações.