Com verba já reduzida para o Censo Demográfico deste ano, o IBGE sofreu mais um corte no Orçamento sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na noite da quinta
O governo federal reduziu ainda mais a verba destinada à realização do Censo Demográfico este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos R$ 2 bilhões previstos, apenas R$ 71 milhões foram aprovados pelo Congresso Nacional no mês passado. No entanto, o Orçamento sancionado e publicado no Diário Oficial da União de hoje traz um veto do presidente Jair Bolsonaro que reduz esse valor para apenas R$ 53 milhões, o que inviabiliza até os preparativos para o levantamento ir a campo em 2022, afirma o sindicato nacional dos servidores do IBGE, o Assibge.
O texto aprovado no Congresso previa R$ 53 milhões de custeio e outros R$ 17,75 milhões de investimento, que acabaram vetados pelo presidente, ressalta o Assibge.
O corte no orçamento do censo gerou uma crise na direção do IBGE. No último 26 de março, dia seguinte à aprovação pelo Congresso da redução no orçamento do levantamento censitário, a presidente Susana Cordeiro Guerra informou ter pedido exoneração do cargo. Ela permaneceu à frente do órgão por mais duas semanas até 9 de abril, quando foi substituída interinamente pela então diretora executiva do órgão, Marise Ferreira, servidora de carreira do IBGE há 37 anos.