Emmanoel Rondon, presidente dos Correios, anunciou nesta segunda-feira (29/12) um plano de reestruturação dividido em três fases, que inclui um programa de demissão voluntária, encerramento de agências e mais parcerias com a iniciativa privada.
Durante coletiva de imprensa em Brasília, Rondon explicou que o plano de recuperação envolve diversas ações para reequilibrar as finanças da empresa e garantir sustentabilidade a médio e longo prazo.
Detalhes do Plano de Reestruturação
O Plano 2025–2027 visa recuperar o caixa, reorganizar a empresa e modernizar sua estrutura. Entre as medidas estão a redução de despesas e o aumento das receitas, com a possibilidade de desligamento de até 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, fechamento de cerca de 1 mil unidades e ampliação das parcerias com o setor privado.
Financiamento e Uso dos Recursos
Na última sexta-feira (26/12), os Correios firmaram empréstimo de R$ 12 bilhões junto a cinco bancos: Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, com aval do Tesouro Nacional e da União. Os recursos serão usados para pagar dívidas atrasadas, incluindo salários e precatórios, e para financiar capital de giro e investimentos estratégicos.
Contexto Financeiro
Desde que assumiu a presidência em setembro, Emmanoel Rondon tem buscado soluções para as dificuldades financeiras da empresa, que acumulou prejuízo de R$ 6,1 bilhões até setembro de 2025, com balanço piorando ao longo do ano.
Greve dos Trabalhadores
Os funcionários dos Correios estão em greve desde 16 de dezembro, após a rejeição da proposta de acordo salarial para 2025/2026 pela maioria dos sindicatos em negociação mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Uma mediação no dia 26/12 não chegou a um acordo.
Uma nova reunião está marcada para segunda-feira às 14h para tentar um acordo final antes do dissídio coletivo, que ocorrerá na terça-feira (30/12). Esta é a última oportunidade para as partes chegarem a um consenso sobre o reajuste salarial e outras questões pendentes.

