Em meio a dificuldades financeiras, os Correios anunciaram uma previsão de economia de até R$ 4,2 bilhões por ano graças a um novo plano de reestruturação. O presidente da estatal, Emmanoel Rondon, divulgou esses dados em uma entrevista coletiva realizada na segunda-feira (29/12).
Para atingir essa redução de gastos, os Correios planejam vender imóveis que não são mais usados nas operações, o que deve gerar cerca de R$ 1,5 bilhão em receitas extraordinárias. Entre janeiro e setembro deste ano, a empresa acumulou um prejuízo superior a R$ 6 bilhões.
A empresa também vai lançar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) a partir de janeiro de 2026, com expectativa de adesão de até 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, conforme informado pelos Correios. A economia prevista pela estatal é de R$ 2,1 bilhões por ano, com efeito total a partir de 2028.
Outra mudança será no plano de saúde dos funcionários, onde a empresa estima economizar R$ 700 milhões a partir de 2027, além de renegociar dívidas judiciais.
Além das medidas para cortar custos, os Correios também firmaram recentemente um acordo de empréstimo no valor de R$ 12 bilhões com cinco bancos: Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Essa operação tem a garantia do Tesouro Nacional e da União, e depende da implantação do plano de reestruturação.
Os recursos captados serão inicialmente usados para quitar débitos em aberto, incluindo salários atrasados, precatórios e outras dívidas acumuladas pela estatal.

