Os Correios informaram que aprovaram um plano para organizar as finanças da empresa nos próximos 12 meses, garantindo recursos para manter as operações em 2026.
Com esse plano, a previsão é diminuir o prejuízo em 2026 e começar a dar lucro em 2027.
A empresa acumulou uma perda de R$ 4,37 bilhões nos dois primeiros trimestres de 2025, com resultados negativos desde 2022, intensificados na gestão atual.
O plano foi criado sob a liderança do novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, que assumiu em setembro de 2025, substituindo Fabiano Silva dos Santos.
Parte do projeto inclui conseguir um empréstimo até o final de novembro, de até R$ 20 bilhões, considerado essencial para a transformação da empresa. Esse crédito será obtido com bancos públicos e privados, com garantia do Tesouro Nacional, e dependerá da adoção de medidas para melhorar a gestão dos Correios.
Também estão previstas vendas de imóveis, que podem render até R$ 1,5 bilhão, redução dos pontos de atendimento que geram prejuízo, ampliação dos serviços voltados para o comércio eletrônico e modernização da operação e da tecnologia.
Para reduzir custos com funcionários, haverá um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e revisão dos gastos com o plano de saúde.
A empresa ainda considera, sem mais detalhes, fusões, aquisições e outras mudanças corporativas para aumentar a competitividade a médio e longo prazo.
No comunicado, os Correios destacam que o declínio das receitas tradicionais não é exclusivo do Brasil, ocorrendo mundialmente, e ressaltam que permanecem como a única empresa capaz de atender todos os municípios, incluindo áreas remotas onde o Estado tem papel fundamental.
Entre os serviços realizados, são mencionadas a entrega de livros escolares, a distribuição das provas do Enem em todo o país e a entrega das urnas eletrônicas para as zonas eleitorais.
