Correios divulgaram nesta segunda-feira (29/12) um plano para reestruturar a empresa pública em três fases previstas para ocorrer entre 2026 e 2027. O anúncio foi feito pelo presidente Emmanoel Rondon, em Brasília.
O plano inclui um programa de demissão voluntária que poderá atingir 15 mil trabalhadores, fechamento de mil agências e novas parcerias com o setor privado.
Emmanoel Rondon destacou que a estatal enfrenta um déficit de cerca de R$ 4 bilhões, com a maior parte dos custos sendo fixos e relacionados principalmente à folha de pagamento.
A primeira fase do programa visa recuperar a saúde financeira da empresa, apoiada por um empréstimo de R$ 12 bilhões obtido junto a cinco bancos importantes, cujos recursos serão usados para pagar dívidas pendentes como salários atrasados e precatórios.
Já a segunda fase, planejada para 2026 e 2027, contempla o fechamento de unidades e revisão dos cargos e benefícios para reduzir custos, além da expansão de parcerias logísticas com o setor privado e venda de imóveis desocupados.
Para completar, a terceira fase foca na modernização da companhia com um novo modelo de negócios que inclui inovação, alianças estratégicas e busca de receitas alternativas. Está prevista também a contratação de uma consultoria para possíveis mudanças na estrutura societária da estatal.
Emmanoel Rondon afirmou que o objetivo é preparar os Correios para uma nova realidade de mercado, garantindo sustentabilidade a médio e longo prazos, com economia anual significativa estimada para os próximos anos.

