Joaquim Roriz Neto, corregedor da Câmara Legislativa, declarou que a Mesa Diretora ainda não enviou oficialmente o pedido para suspender o mandato do deputado Daniel Donizet. Essa medida está ligada às investigações por denúncias de assédio e violência sexual envolvendo o parlamentar e aguarda a notificação formal para avançar.
Segundo o Código de Ética da CLDF, quando a Corregedoria é notificada, ela tem um dia útil para informar o deputado, que terá dez dias úteis para apresentar sua defesa e esclarecimentos.
Independente da resposta de Donizet, o corregedor terá até quinze dias úteis para preparar um parecer preliminar, que será encaminhado ao Conselho de Ética para que as próximas etapas do processo sejam realizadas.
O corregedor Joaquim Roriz Neto reforçou que todos os prazos legais serão respeitados, garantindo uma análise técnica, imparcial e com amplo direito de defesa.
A eventual suspensão do mandato se soma a outras ações que o deputado enfrenta, como um processo ético dentro do seu partido, o MDB, que pode resultar em expulsão. Daniel Donizet nega as acusações e está afastado da CLDF por licença médica de 60 dias.
As acusações
Daniel Donizet responde a várias acusações, incluindo um inquérito policial e investigação dentro da CLDF por violência sexual e assédio contra mulheres. Algumas denúncias dizem respeito a fatos ocorridos quando ele era administrador regional do Gama. A Procuradoria Especial da Mulher da CLDF e deputados locais têm pedido uma investigação rigorosa.
Além disso, o deputado é investigado por não ter ajudado uma mulher que teria sido agredida por seu assessor, mesmo estando presente no momento. Há também relatos recentes de que ele tentou usar sua influência política para evitar problemas durante uma abordagem policial, o que gerou críticas no meio político.