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quarta-feira, 25/06/2025




Corpo de turista brasileira é encontrado após queda em penhasco na Indonésia

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Francisco Lima Neto
São Paulo, SP (Folhapress)

O corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi recuperado nesta quarta-feira (25) após cair de um penhasco na Indonésia. Ela havia caído na sexta-feira (20) durante uma trilha para alcançar o cume do vulcão Monte Rinjani.

A Juliana foi encontrada com vida, mas o resgate só conseguiu chegar até ela na terça-feira (24), quando já havia falecido. “Felizmente, alhamdulillah, a equipe conjunta SAR conseguiu resgatar Juliana de Souza Pereira Marins“, informou a polícia local.

O corpo será levado ao Hospital Bhayangkara Polda NTB, conforme anunciado pelos órgãos responsáveis pelo resgate.

Este acontecimento reforça a importância da atenção e cautela ao aproveitar a natureza, conforme destacou a equipe SAR indonésia, que agradeceu o apoio da comunidade e as orações recebidas durante a operação.

O drama começou na sexta-feira, quando Juliana caiu enquanto fazia a trilha até o cume do vulcão na ilha de Lombok. A família relatou que ela estava cansada durante a caminhada, que tinha duração prevista de três dias, e o guia aconselhou que descansasse enquanto o grupo seguisse. Sozinha, ela caiu em um terreno íngreme e de difícil acesso.

As buscas foram intensificadas após a família expressar preocupação. A Indonésia e o Brasil se mobilizaram para tentar salvar a turista, e o caso ganhou repercussão nas redes sociais.

Na segunda-feira (23), Juliana foi localizada com o auxílio de um drone térmico, presa a um penhasco rochoso, imóvel visualmente, segundo a direção do parque onde está a trilha. O local era de difícil acesso para alpinistas e helicópteros, e as buscas precisaram ser interrompidas diversas vezes devido ao mau tempo.

Na manhã da terça-feira (24), foram concentrados esforços para descer diretamente até onde ela estava, utilizando técnicas de resgate em terreno vertical, apesar dos desafios impostos pelo clima e relevo do penhasco.

Trilha é considerada desafiadora

A rota que Juliana seguia até o vulcão Rinjani é uma das mais visitadas na Indonésia. Com 3.726 metros de altura, o Monte Rinjani é o segundo mais alto do país e está na ilha de Lombok.

O percurso até o cume pode durar até quatro dias, de acordo com o Parque Nacional do Monte Rinjani e agências de montanhismo locais.

A publicitária começou a subida na sexta-feira (20) e caiu a cerca de 300 metros da trilha. Sua escalada tinha previsão para terminar no domingo.

A vista no topo do vulcão é uma atração importante do Parque Nacional, uma área preservada de 41 mil hectares que atrai turistas do mundo todo. A caldeira do vulcão possui mais de 50 quilômetros quadrados e contém o lago Segara Anak, uma fonte de águas termais naturais.

Para acessar o local, os visitantes podem entrar pelas cidades de Senaru ou Sembalum. O parque aconselha que o trajeto seja feito por quem possui boa condição física, ressaltando que acidentes graves já ocorreram com turistas que não seguiram as orientações e os preparos indicados.

Normalmente, a caminhada até perto da cratera dura dois dias e uma noite, trajeto que Juliana faria, mas há opções para trajetos de até quatro dias e duas ou três noites.

Empresas locais oferecem guias para grupos de diferentes tamanhos, e durante a trilha há pontos para descanso e alimentação. Juliana teria contratado uma agência chamada Ryan Tour.

O parque recomenda guias certificados, porém alerta que a certificação e o treinamento locais são menos rigorosos que em outros países, e registros indicam que acidentes graves, incluindo mortes, já ocorreram em trilhas conduzidas por esses guias.

Para a subida, são indicados uso de botas, jaquetas impermeáveis e lanternas de cabeça, além de bastões de caminhada para quem deseja alcançar o cume.

A temperatura pode cair até 4°C devido à altitude e variações de umidade durante o percurso.

Montanhistas relatam nas redes sociais dificuldades no acesso ao topo, com desafios causados pela poeira, principalmente entre junho e agosto, e pelo terreno escorregadio na subida.

O último episódio de atividade vulcânica no Monte Rinjani foi registrado em 2010, segundo dados do Parque Nacional do Monte Rinjani.




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