A Coreia do Norte se pronunciou oficialmente sobre o ataque sofrido pela Sony e o envolvimento do presidente norte-americano no caso. Na semana passada, Barack Obama culpou diretamente os coreanos e prometeu revidar; então o Departamento de Defesa do país asiático afirmou que os americanos precisam se desculpar.
Em um longo comunicado publicado nesse domingo, 21, pela agência de notícias estatal, a Coreia do Norte informou ter provas de que a Casa Branca influenciou o enredo de “A Entrevista”, filme que teria provocado o ataque à Sony por retratar de forma debochada a morte do líder coreano Kim Jong Un.
Embora cumprimente o grupo Guardiôes da Paz por ter encabeçado os ataques que fizeram a Sony desistir de lançar o filme, o governo coreano nega qualquer envolvimento com o caso. Diz, ainda, que os EUA os culparam numa tentativa de colocar a opinião mundial contra o país.
O FBI, que num primeiro momento isentou os adversários de participação no atentado, mudou de posição apresentando evidências de que o ataque é semelhante a outro que teria sido realizado pela Coreia do Norte, em março, à do Sul. Mas a prova foi considerada fraca pelos coreanos.
“É de conhecimento geral que o método de guerra cibernética é quase igual no mundo todo. Diferentes tipos de programas de hacking e códigos são utilizados no ciberespaço”, defende-se a Coreia. Se alguém usou programas feitos nos EUA para atacar uma empresa dos EUA, seria possível concluir que os americanos se atacaram, ironizam.
Por fim, o país comandado por Kim Jong Un ainda afirma que a ameaça de Obama não será comparável à retalhação preparada pela Coreia, que promete ações contra a Casa Branca, o Pentágono e todo o continente americano. Também convoca outros grupos independentes, como o Guardiões da Paz, para agir contra os EUA.
Fonte: Olhar digital