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domingo, 07/09/2025

Coreia do Sul envia representantes aos EUA após prisão em massa

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Após uma reunião urgente neste sábado (6/9), o governo da Coreia do Sul acionou sua diplomacia e enviou representantes ao estado da Geórgia, nos Estados Unidos. Essa ação é uma resposta direta à prisão em grande escala de 475 trabalhadores imigrantes – a maioria sendo cidadãos sul-coreanos – em uma fábrica de baterias automotivas da Hyundai, na quinta-feira (4/9).

A operação foi realizada pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e foi a maior detenção em massa já realizada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA em número de pessoas detidas ao mesmo tempo.

O presidente do país, Lee Jae-myung, determinou que “todos os esforços” sejam feitos para responder prontamente às prisões. O ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, informou que uma força-tarefa foi organizada e que ele está pronto para viajar até Washington D.C. para dialogar com autoridades norte-americanas se necessário.

Por meio de um porta-voz, o Ministério das Relações Exteriores criticou a ação dos EUA dizendo: “As atividades econômicas das nossas empresas que investem nos Estados Unidos e os direitos dos nossos cidadãos não devem ser injustamente prejudicados durante a aplicação da lei americana”.

Por outro lado, a Casa Branca defendeu a operação, descartando preocupações de que a ação pudesse desestimular investimentos estrangeiros. “Eles eram imigrantes ilegais e o ICE estava simplesmente cumprindo seu dever”, declarou o presidente Donald Trump após as batidas de sexta-feira.

Um vídeo da operação divulgado pelo ICE mostrou trabalhadores asiáticos algemados em frente a um prédio, alguns usando coletes amarelos com nomes como “Hyundai” e “LG CNS”.

“Pessoas com vistos temporários ou de turismo não têm permissão para trabalhar nos EUA”, afirmou o ICE, dizendo que a operação era necessária para proteger empregos americanos.

Essa ação faz parte da campanha do presidente Donald Trump contra a imigração ilegal, iniciada em janeiro, e intensifica a tensão entre Washington e Seul. Os dois países também apresentam divergências quanto a um acordo comercial envolvendo cerca de US$ 350 bilhões em investimentos sul-coreanos nos EUA.

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