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domingo, 24/11/2024
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Coreia do Norte rejeita oferta do Sul de ajuda em troca de desnuclearização

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A irmã de Kim Jong Un, Kim Yo Jong, chamou a oferta de “cúmulo do absurdo”

Kim Yo Jong: irmã de Kim Jong Un critica proposta da Coreia do Sul (Jorge Silva/Reuters)

A irmã poderosa do líder norte-coreano, Kim Jong Un, criticou nesta sexta-feira a oferta de ajuda econômica feita por Seul em troca da desnuclearização do país comunista, que chamou de “cúmulo do absurdo”, e descartou a possibilidade de negociações presenciais.

Suas palavras respondem ao plano apresentado nesta semana pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, de oferecer comida, energia e infraestrutura ao Norte se o mesmo abandonar seu programa de armas nucleares.

A presidência da Coreia do Sul lamentou os comentários “desrespeitosos” de Yo Jong, mas insistiu que a oferta continua de pé.

“A atitude da Coreia do Norte não ajuda de nenhuma maneira a paz e a prosperidade da península da Coreia, nem seu próprio futuro. Promove apenas o isolamento”, afirmou em um comunicado.

Na semana passada, Pyongyang ameaçou adotar represálias “mortais” contra a Coreia do Sul, que considera responsável por um recente surto de covid-19 em seu território.

Kim Jong Un disse em julho que o país estava “pronto para mobilizar” sua nuclear de dissuasão em caso de confronto militar com os Estados Unidos e a Coreia do Sul. Na quarta-feira, Pyongyang disparou dois mísseis de cruzeiro.

Cheong Seong-chang, diretor do Centro de Estudos Norte-Coreanos no Instituto Sejong, afirmou que as declarações Yo Jong “claramente reafirmam” que Pyongyang nunca renunciará a suas armas nucleares. Ele pediu Seul para rever a abordagem da desnuclearização.

“O peso da ameaça nuclear da Coreia do Norte com a qual a Coreia do Sul tem que conviver já superou o nível que consegue suportar”, disse.

O caráter pessoal do ataque de Kim Yo Jong a Yoon Suk-yeol mostra que as relações provavelmente serão “muito difíceis” durante o mandato de cinco anos do novo presidente sul-coreano, afirmou à AFP Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos.

Embora antes de sua eleição, em março, tenha insistido nas posições duras contra o regime comunista, Yoon Suk-yeol disse na quarta-feira que seu governo não buscará adquirir capacidade nucleares de dissuasão.

A Coreia do Norte executou um número recorde de testes de armas neste ano, incluindo o lançamento de um míssil balístico intercontinental de pleno alcance pela primeira vez desde 2017.

Estados Unidos e Coreia do Sul alertaram que Pyongyang prepara o sétimo teste nuclear de sua história.

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