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domingo, 24/11/2024
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Coreia do Norte pode estar ligada a ataques digitais a bancos da Ásia

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A empresa de segurança Symantec atribuiu ao país os roubos a bancos em Bangladesh, Vietnã e Filipinas

Ditador Kim Jong-un preside o primeiro Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o primeiro realizado no país em 36 anos, em Pyongyang - 09/05/2016(Kyodo/Reuters)
Ditador Kim Jong-un preside o primeiro Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o primeiro realizado no país em 36 anos, em Pyongyang – 09/05/2016(Kyodo/Reuters)

Investigadores de segurança de digital divulgaram na quinta-feira que o governo da Coreia do Norte está ligado à recente onda de violações digitais a bancos da Ásia. Se confirmado o envolvimento do país, será a primeira vez que um governo é detectado roubando dinheiro por meio de ciberataques, de acordo com o jornal The New York Times.

Segundo Eric Chien, diretor técnico da empresa Symantec, que conduz as buscas, há evidências de que um mesmo grupo tentou saquear virtualmente um banco nas Filipinas e atacou o vietnamita Tien Phong Bank, retirando um milhão de dólares (mais de três milhões de reais) dos cofres. Os mesmo hackers roubaram 81 milhões de dólares (293 milhões de reais) do Banco Central de Bangladesh, em fevereiro.

Entre os indícios da responsabilidade da Coreia do Norte está o fato de que um raro malware – software utilizado para invadir computadores de forma ilícita – utilizado nos ataques é similar àquele identificado no vazamento de dados da Sony Pictures, em 2014. Na ocasião, oficiais do governo dos Estados Unidos e da Coreia do Sul afirmaram que o país do ditador Kim Jong-um estava por trás do caso. Códigos semelhantes também foram usados em invasões a sistemas de veículos da imprensa sul-coreana, em 2013, segundo a Symantec.

“Se você acredita que a Coreia do Norte esteve por trás desses ataques no passado, então os ataques a bancos também são responsabilidade do país”, disse Chien. Forças de segurança internacionais já descobriram diversas invasões virtuais realizadas por governos, principalmente para a captação de informações, contudo, nunca antes uma nação usou malwares para propósitos financeiros.

(Da redação)

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