Durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, Coreia do Norte declarou que não desistirá de seu programa nuclear, acusando os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão de ameaçar a estabilidade da região. Essa posição foi apresentada pelo vice-chanceler norte-coreano, Kim Son-gyong, em um discurso nesta segunda-feira (29/9).
“Nunca abriremos mão da nuclearização, que é nossa lei estatal, política do país e questão de soberania, além do direito à existência”, afirmou o diplomata. “Sob nenhuma hipótese mudaremos essa posição”.
Segundo Son-gyong, essa postura é motivada pela aliança entre os EUA, Coreia do Sul e Japão, bem como pelos exercícios militares conjuntos de Washington, Seul e Tóquio, que colocam em risco a paz na península coreana e constituem uma ameaça direta à Coreia do Norte.
O discurso do vice-chanceler em Nova York marcou o retorno de autoridades de alto escalão da Coreia do Norte ao plenário da Assembleia Geral da ONU. Desde 2018, o país liderado por Kim Jong-un era representado apenas pelo embaixador permanente nas Nações Unidas.
Embora simbólico, o envio desta delegação de alta patente para os EUA é um sinal positivo do líder norte-coreano para o presidente dos EUA, Donald Trump.
Desde que voltou ao poder, o presidente republicano demonstrou interesse em retomar o diálogo com a Coreia do Norte, um dos nove países que possuem armas nucleares.