O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em sua última ata que está atento a três pontos principais para entender o futuro da inflação: como está a atividade econômica, como o câmbio influencia os preços e o que as expectativas de inflação indicam.
De acordo com o Copom, o ritmo da economia impacta principalmente os preços dos serviços. O câmbio, que tem apresentado variações, deve ser observado de perto. Além disso, as expectativas de inflação continuam fora do padrão desejado, o que é importante para prever a inflação futura.
Segundo o colegiado, os fatores que aumentam a inflação ainda são fortes, como a atividade econômica estável, pressões no mercado de trabalho, expectativas de inflação fora da meta e previsões de inflação elevadas.
Por isso, o Copom reforça que a política monetária deve continuar rigorosa por um período considerável para garantir que a inflação volte aos níveis definidos como desejáveis.
O comitê listou riscos que podem aumentar a inflação, como expectativas descontroladas por mais tempo, inflação persistente nos serviços e combinação de políticas que impactem o câmbio. Por outro lado, apontou riscos que podem reduzir a inflação, como uma desaceleração mais acentuada da economia nacional e global, e preços menores das commodities.
O Copom ressaltou que o atual cenário é de maior incerteza, com riscos elevados tanto para aumento quanto para queda da inflação, sem indicar se esses riscos estão equilibrados.

