A conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, COP30, que aconteceu de 10 a 21 de novembro em Belém, Pará, começou revelando notícias positivas que tiveram boa aceitação entre os parlamentares.
A iniciativa brasileira chamada Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi lançada oficialmente na COP30 e superou as expectativas, atingindo metade dos US$ 10 bilhões esperados até novembro do próximo ano. Esse fundo mistura recursos públicos e privados para financiar pagamentos por serviços ambientais em 73 países com grandes áreas de floresta, recompensando financeiramente a preservação dessas áreas.
O presidente da Comissão Especial de Transição Energética da Câmara, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), descreveu o TFFF como um “pix global” para a proteção das florestas tropicais, afirmando que é uma iniciativa justa para quem protege as florestas e eficaz para o planeta.
Arnaldo Jardim ressaltou que o Brasil deve ser devidamente reconhecido por seus esforços de conservação, ao contrário de outras grandes nações com menor cobertura vegetal.
Está previsto que 20% dos recursos do fundo serão direcionados a comunidades de povos tradicionais, com o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Transição Climática Justa, que destacou a importância de dar voz a essas populações na transição ecológica necessária.
A Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara tem mobilizado para a COP30, apresentando propostas de projetos e diretrizes para fortalecer a política climática do país e o envolvimento do governo nas negociações internacionais.
Além disso, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam uma redução no desmatamento na Amazônia e no Cerrado e uma diminuição das emissões de gases de efeito estufa no Brasil nos últimos 15 anos.
Nilto Tatto mencionou que, embora os investimentos globais em petróleo estejam crescendo, é fundamental aumentar significativamente os investimentos em energias alternativas.
Por fim, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatórios durante a COP30 antecipando, pela primeira vez, que as emissões de gases de efeito estufa podem diminuir antes de 2035, mesmo com a projeção de um aumento de temperatura média de 2,3 graus até o final do século.
