Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, afirmou nesta quinta-feira (26) em Londres, durante a Semana de Ação Climática, que a COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá em novembro no Brasil, precisa ser um marco novo e significativo.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, conhecida como COP30, será realizada em Belém do Pará de 10 a 21 de novembro deste ano.
Marina Silva acredita que os acordos firmados nas conferências anteriores devem ser efetivamente implementados na COP30.
“A COP30 tem que ser esse novo marco para consolidar a execução das decisões já tomadas ao longo dos anos”, declarou a ministra.
Ela destacou que, após 10 anos do Acordo de Paris (COP21, 2015), onde foram estabelecidos diversos compromissos, regras e negociações, o único caminho para avançar é a implementação efetiva dessas decisões.
Marina Silva participa na capital britânica de um evento anual que reúne organizações, comunidades e indivíduos em busca de soluções para as mudanças climáticas.
“A temperatura da Terra já ultrapassou 1,5 grau Celsius, e estamos sentindo os impactos das mudanças climáticas. Agora, temos o dever ético de colocar em prática o que já decidimos”, ressaltou a ministra.
Ela ainda enfatizou a necessidade de implementar as decisões da COP28 de 2023 realizada em Dubai, incluindo triplicar o uso de energias renováveis, dobrar a eficiência energética, encerrar a dependência de combustíveis fósseis e garantir que todos os países se esforcem de forma conjunta.
Marina Silva lembrou que a implementação dos compromissos não é apenas responsabilidade do Brasil, mas de todos os 196 países envolvidos, em um cenário geopolítico complexo, com desafios como a saída dos EUA do Acordo de Paris e conflitos que desviam recursos para armamentos, afetando a cooperação internacional.
A ministra espera que a COP30 produza avanços concretos em relação ao financiamento necessário para essa transição.
Além disso, afirmou que o Brasil está empenhado no combate ao desmatamento da Amazônia, já tendo reduzido o índice em 46% na região e 32% no país, mantendo o compromisso de desmatamento zero até 2030.
Ela destacou também a importância da Taxa sobre Transações Financeiras (TTF) para financiar a proteção das florestas, lembrando que essa realidade não é vivenciada por todos os países.