Um estudo recente, divulgado na revista científica Cell Discovery em 20 de junho, apresenta um avanço significativo no tratamento da diabetes tipo 1. Pesquisadores realizaram um tratamento inovador com células-tronco pluripotentes em 12 pacientes, transformando essas células em produtoras de insulina no laboratório.
As células foram implantadas no abdômen dos pacientes e, após pouco mais de um ano, dez deles passaram a regular os níveis de açúcar no sangue sem necessidade de insulina externa. Apenas dois pacientes ainda dependem de doses reduzidas do hormônio.
Embora ainda em fase inicial, essa terapia demonstra evidências fortes de que é possível restaurar a capacidade do corpo de produzir insulina por meio de infusões de células-tronco. Trevor Reichman, cirurgião e principal autor do estudo na Universidade de Toronto, Canadá, destaca que “essas descobertas mostram que é viável produzir ilhotas pancreáticas eficazmente a partir de células-tronco pluripotentes para tratamento da diabetes tipo 1”.
Sintomas da diabetes podem incluir:
- Sensação prolongada de cansaço e irritabilidade;
- Visão embaçada;
- Sede excessiva;
- Fome constante;
- Boca seca;
- Doença periodontal;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Formigamento em mãos e pés;
- Perda de peso;
- Coceira genital ou episódios recorrentes de candidíase;
- Vontade frequente de urinar;
- Coceira na pele;
- Manchas escuras na pele;
- Infecções frequentes.
Células-tronco possuem a capacidade notável de se dividir e se diferenciar em vários tipos celulares especializados, o que as torna promissoras para a regeneração e tratamento de doenças complexas. No estudo, os pacientes geralmente mantiveram níveis saudáveis de glicose no sangue após o procedimento, evidenciando o funcionamento adequado das células implantadas.
A diabetes é caracterizada pelo aumento persistente do açúcar no sangue, podendo afetar diversos órgãos como olhos, rins, nervos e coração se não tratada corretamente. O tipo 1 da diabetes ocorre quando o pâncreas deixa de produzir insulina, sendo necessário o uso diário do hormônio para controlar a glicemia. Já o tipo 2, mais comum, decorre da resistência à insulina ou da produção insuficiente do hormônio, podendo ser gerenciada com mudanças no estilo de vida.
Apesar do sucesso inicial, os cientistas alertam que a técnica ainda precisa passar por mais testes para garantir segurança e eficácia a longo prazo. No Brasil, estima-se que existem mais de 500 mil pessoas com diabetes tipo 1, destacando a importância de avanços no tratamento da doença.