A Polícia Federal (PF) divulgou o resultado da análise feita no pendrive encontrado no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o laudo, o material armazenado no dispositivo, que não foi detalhado, não possui importância para o andamento da investigação.
O pendrive foi achado durante uma ação de buscas e apreensões da PF em locais associados a Bolsonaro, realizada na última sexta-feira (18/7). No imóvel do ex-presidente, situado no Jardim Botânico, em Brasília, além do dispositivo, foram encontrados US$ 14 mil e R$ 8 mil.
A operação contra Bolsonaro foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que além de ordenar as buscas, impôs ao ex-presidente medidas como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a redes sociais, recolhimento noturno domiciliar, restrição para sair de casa aos fins de semana e proibição de contato com outros investigados, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho.
No dia da operação, ao chegar na sede do PL, Bolsonaro afirmou nunca ter visto o pendrive, que estava em um dos banheiros. “Uma pessoa pediu para usar o banheiro e voltou segurando o pendrive. Eu nunca abri um dispositivo desses. Nem tenho laptop para mexer com isso. Isso preocupa”, declarou aos jornalistas.
Posteriormente, ele recuou e disse que não estava insinuando nada, mas que ficou surpreso. “Vou perguntar para a minha esposa se o pendrive é dela”, acrescentou. Além da residência, a PF realizou buscas na sede do PL.
Investigação contra Bolsonaro
A PF acusa Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro de terem agido nos últimos meses junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos com o objetivo de conseguir sanções contra agentes públicos brasileiros.
Segundo decisão do ministro Moraes, o pedido de sanções visa responder a uma suposta perseguição relacionada à Ação Penal (AP) 2668, que investiga Bolsonaro por possível tentativa de golpe.
De acordo com a Polícia Federal, pai e filho teriam atuado de forma intencional e ilegal com a finalidade de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao controle de outro país estrangeiro, através de atos hostis decorrentes de negociações impróprias e criminosas, obstruindo a Justiça e buscando pressionar essa Corte.