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segunda-feira, 23/06/2025




Consumo das Famílias Cresce 0,5% em Junho, Aponta CNC

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Os brasileiros demonstraram maior vontade de consumir em junho, conforme o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 0,5% em relação a maio, descontando os efeitos sazonais, atingindo 102,4 pontos e mantendo-se em nível considerado de satisfação.

Junho marcou o melhor desempenho mensal da série ajustada sazonalmente desde maio de 2024. Entretanto, ao comparar com junho do ano anterior, houve uma retração de 1,3%, configurando o nono mês seguido de queda na intenção de compra.

De acordo com a CNC, esse crescimento na série ajustada foi impulsionado principalmente pelo acesso facilitado ao crédito. O estudo destaca que 32,6% dos consumidores perceberam maior facilidade para obter crédito, o maior índice desde abril de 2020.

Na análise de maio para junho, seis dos sete indicadores do ICF tiveram alta: emprego atual teve leve redução de 0,1%, chegando a 125,0 pontos; renda atual cresceu 1,2%, totalizando 122,5 pontos; nível de consumo atual subiu 1,1%, alcançando 91,0 pontos; perspectiva profissional aumentou 0,5%, chegando a 114,7 pontos; perspectiva de consumo avançou 1,2%, atingindo 104,7 pontos; acesso ao crédito cresceu 2,5%, chegando a 97,3 pontos; enquanto o momento para adquirir bens duráveis teve pequena alta de 0,1%, fechando em 63,8 pontos.

Nesse cenário, o economista João Marcelo Costa, da CNC, ressalta que o comportamento do consumidor está reagindo a fatores antagônicos: “Por um lado, há aumento na oferta de crédito e expectativa de melhoria no mercado de trabalho; por outro, inflação elevada, juros altos e crescimento do endividamento, que impactam na inadimplência. Juntos, esses aspectos tendem a manter a cautela do consumidor brasileiro nos próximos meses.”

O aumento na intenção de consumo foi percebido tanto entre famílias de menor renda quanto entre as de maior renda. No segmento com renda mensal acima de dez salários mínimos, o ICF cresceu 0,6%, atingindo 116,7 pontos. No grupo com renda inferior a dez salários mínimos, a alta também foi de 0,6%, alcançando 99,5 pontos.




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