Brasília, 07 – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados começou processos contra os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Eles lideraram um protesto durante a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que dificultou os trabalhos da Câmara, em agosto.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu juntar as três denúncias contra esses deputados para que um relator único analise o caso. Foram selecionados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR) para avaliar as representações contra os deputados.
Marcel van Hattem contestou a decisão de juntar os processos, alegando que alguns parlamentares estão sendo injustiçados por agirem dentro da lei.
O presidente do Conselho de Ética, Fabio Schiochet (União-SC), escolherá quem será o relator responsável. Também foi realizado outro sorteio para uma representação diferente contra Marcos Pollon.
Essa é a primeira etapa do processo contra os parlamentares, e as sugestões de punição foram feitas pela Corregedoria da Câmara, dirigida por Diego Coronel (PSD-BA).
Diego Coronel pediu a suspensão do mandato de Marcel van Hattem e Zé Trovão por 30 dias, por terem atrapalhado os trabalhos presidenciais. Para Marcos Pollon, a sugestão foi de suspensão de 60 dias, depois de ele ter insultado o presidente da Câmara, Hugo Motta.
De acordo com as regras do Conselho de Ética, os relatores não podem ser do mesmo partido ou Estado de quem está sendo investigado ou de quem apresentou a denúncia.