Conforme dados do Portal da Transparência do Distrito Federal, Cláudia Damiana da Silva Teixeira, conselheira tutelar sob investigação por intimidar uma adolescente de 17 anos vítima de abuso pelo pai, aufere um salário líquido mensal de R$ 9.092,23.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) aponta Cláudia Damiana como suspeita de praticar violência institucional e emitir comentários discriminatórios contra a vítima.
Comentários ofensivos
Durante o atendimento na UPA do Sol Nascente, Cláudia Damiana teria feito declarações inadequadas à jovem, tais como: “ser lésbica e ateia são coisas do demônio”.
De acordo com a deputada Erika Hilton, “em vez de acolher a menina abusada, a conselheira a atacou, dizendo frases como ‘vou te provar que Deus existe’, ‘você precisa ler a Bíblia’ e ‘o que você está me dizendo é pecado’”.
Gravidade do caso
A jovem, que já havia relatado abusos psicológicos e sexuais cometidos pelo próprio pai, tentou tirar a própria vida logo após a conversa com a conselheira. Devido à gravidade da situação, foi concedida uma medida protetiva urgente contra Cláudia Damiana, proibindo-a de se aproximar ou manter contato com a vítima sob risco de prisão.
Investigação e processos
A 4ª Promotoria de Justiça dos Direitos da Infância e Juventude do Distrito Federal instaurou um inquérito civil para apurar a conduta da conselheira. Além do MPDFT, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam II), em Ceilândia, e a Comissão de Ética e Disciplina dos Conselheiros Tutelares (Cedicon) também investigam o caso.
O procedimento administrativo foi iniciado em fevereiro de 2025, após denúncia anônima à Ouvidoria do Distrito Federal. Cláudia foi ouvida pela comissão e o Conselho Tutelar do Sol Nascente prestou esclarecimentos. A promotoria aguarda dados da Cedicon e da Polícia Civil do Distrito Federal para prosseguir com as investigações e assegurar o cumprimento da legislação.
A coluna Na Mira mantém espaço aberto para eventuais posicionamentos da defesa de Cláudia Damiana da Silva Teixeira.