O principal suspeito do assassinato do empresário Adalberto Amarilio Júnior, cujo corpo foi encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos, zona Sul de São Paulo, trabalhava como segurança durante um evento de motociclismo na noite do crime, ocorrido no dia 30 de maio. Leandro de Tallis Pinheiro é lutador de jiu-jítsu e possui antecedentes criminais por furto e ameaça.
A polícia obteve uma fotografia do suspeito. Na residência dele, foram apreendidas 21 munições de revólver calibre 38, o que resultou na sua prisão em flagrante. Cinco pessoas, incluindo o lutador, foram levadas à delegacia, e durante a operação, os policiais também recolheram cinco notebooks e sete celulares.
O corpo de Adalberto foi localizado no dia 3 de junho, em um buraco com cerca de três metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro, dentro de uma área em obras no autódromo. Conforme a investigação, ele pode ter desmaiado após receber um golpe aplicado por seguranças. A polícia ainda investiga se a morte ocorreu antes ou depois de ele ter sido colocado no buraco.
O laudo pericial indicou terra nas vias aéreas do empresário, o que apoia a hipótese de que ele ainda estava vivo quando colocado no buraco. Entretanto, não é possível confirmar se isso provocou a asfixia que foi apontada como causa da morte. Além disso, o exame apontou escoriações no pescoço, sugerindo que Adalberto pode ter sofrido um golpe conhecido como mata-leão.
O laudo toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) não revelou a presença de álcool ou drogas no corpo do empresário, contrariando depoimentos de testemunhas que afirmaram que ele teria consumido bebidas e maconha.
A perícia também detectou a presença de PSA (antígeno prostático específico) na região genital de Adalberto, indicando a presença de proteína do sêmen. Contudo, o Instituto de Criminalística explicou que tal resultado não necessariamente confirma que houve relação sexual no local.