O Congresso Nacional realizou uma sessão solene no plenário do Senado para homenagear o governo do Rio de Janeiro e os policiais envolvidos na ação policial conhecida como Operação Contenção, que ocorreu em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.
A operação resultou na morte de 4 policiais e 117 suspeitos, além da prisão de 113 pessoas e a apreensão de uma grande quantidade de armamentos.
A cerimônia contou com a presença de governadores e familiares dos policiais que perderam a vida durante a ação. O governador do Rio, Claudio Castro, destacou que o crime organizado mudou e que a legislação penal precisa se adaptar a essa nova realidade.
“Essas organizações narcoterroristas, nacionais e internacionais, causam terror a trabalhadores e suas famílias, principalmente os mais pobres”, afirmou Claudio Castro.
Ele também ressaltou que o dinheiro movimentado ilegalmente por uma única organização criminosa em um ano equivale ao total gasto em segurança pública no Rio, cerca de R$ 16 bilhões. Segundo o governador, já foram apreendidos 732 fuzis na cidade em 2024, o maior número do país, enquanto o segundo estado com maior apreensão, a Bahia, contabilizou 78.
Claudio Castro comentou que em 1988, quando a Constituição foi promulgada, o combate ao crime organizado era claramente dividido entre estados e governo federal, diferenciando crimes territoriais e financeiros. Atualmente, essa distinção não existe mais.
O deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) criticou aqueles que condenaram a operação nas redes sociais e na mídia, destacando que a população apoiou a ação da polícia.
O deputado Guilherme Derrite (PL-SP) ressaltou que os policiais brasileiros são verdadeiros heróis por enfrentarem situações extremas, comparáveis a guerras. Ele enfatizou a necessidade de endurecer as penas para integrantes de organizações criminosas e aumentar o tempo de regime fechado.
