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quinta-feira, 20/11/2025




Congresso discute inteligência artificial e novidades na saúde pública

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Em Brasília

Na última quarta-feira (19), o V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep 2025) focou no futuro do atendimento público em saúde. Organizado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o evento reuniu especialistas para mostrar como pesquisas e tecnologias digitais novas podem melhorar os serviços e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). A programação destacou inovação, ciência e políticas públicas relacionadas à saúde hospitalar e assistência.

Durante o dia, foram debatidos temas como o uso da inteligência artificial na saúde, avanços no diagnóstico precoce do câncer, terapias baseadas em genética, progressos em cardiologia e os desafios legais e regulatórios.

A estudante de Nutrição Edna Albuquerque acompanhou as atividades e comentou que os assuntos estavam interligados, ajudando a ampliar seu conhecimento e confiança.

Pesquisas sobre câncer e inteligência artificial

O oncologista Gustavo Ribas, gestor da Secretaria de Saúde (SES-DF), abriu o congresso apresentando atualizações sobre pesquisas do câncer de pulmão. Logo depois, a diretora-geral do Complexo Regulador em Saúde do DF, Mônica Iassanã, destacou a importância e os desafios da regulação na área da saúde.

A inteligência artificial (IA) foi um dos temas principais. O líder do Laboratório de Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB), Nilton Correia da Silva, explicou que essa tecnologia pode agilizar processos, diminuir a burocracia e facilitar o trabalho em hospitais.

Ele destacou que a IA ajuda a organizar o trabalho dos profissionais de saúde, liberando mais tempo para o atendimento aos pacientes. Além disso, ressaltou o potencial de integrar diferentes sistemas de saúde para melhorar a troca e o uso dos dados de forma eficiente, mas enfatizou que a verificação humana continua essencial.

Tecnologias que melhoram a saúde

O cirurgião torácico Daniel Sammartino apresentou como robótica e novas tecnologias estão ampliando a precisão dos diagnósticos oncológicos, permitindo detectar o câncer mais cedo e aumentar as chances de cura. Ele mencionou que a taxa de sobrevivência após cinco anos para pacientes com câncer de pulmão diagnosticado tardiamente subiu de 15% para cerca de 20% graças a esses avanços.

Terapias genéticas e cardiologia

No painel sobre terapias genéticas, Ana Karine Bittencourt, Ricardo Titze, Raphael Bonadio e Naiara Freire discutiram o uso de tratamentos baseados em genética para doenças raras e transtornos do espectro autista.

Na cardiologia, Diandro Marinho Mota falou da importância da espiritualidade no cuidado cardiovascular, enquanto Gabriel Kanhouche mostrou os avanços nas cirurgias transcateter. Gabriela Thevenard destacou melhorias na comunicação entre equipes médicas e Marcelo Ulhoa apresentou desafios dos transplantes de coração no Brasil.

Judicialização e encerramento

O debate sobre judicialização na saúde contou com a participação de profissionais do IgesDF e da promotoria, discutindo os efeitos das decisões judiciais no atendimento e serviços de saúde.

Para finalizar, o doutor em Biofísica Diego Nolasco incentivou o pensamento científico, a curiosidade e a pesquisa como caminhos para soluções inovadoras na saúde.

O congresso, com o tema “Conectando Saberes e Tecnologias para o Futuro da Saúde”, reuniu mais de 1.800 participantes e reafirmou sua importância como espaço de referência em inovação no Distrito Federal. Organizado pela Agência Sisters, o evento contou com apoio de diversas instituições e empresas parceiras.




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