A empresa Aena, que gerencia o Aeroporto de Congonhas, recebeu uma resposta positiva da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) para permitir voos internacionais no aeroporto localizado em São Paulo, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Espera-se que os voos internacionais comecem a operar a partir de 2028, mas o projeto ainda precisa passar por algumas etapas de análise para ser confirmado. A ideia da Aena é operar voos regulares internacionais, focando em rotas de curta e média distância na América do Sul, com início previsto para 2028.
Em documento datado do dia 17 deste mês, a Secretaria Nacional de Aviação Civil, que faz parte do Ministério de Portos e Aeroportos, mencionou a Política Nacional de Aviação Civil (Pnac) para fundamentar a aprovação.
O documento destaca que promover o tráfego internacional de pessoas e cargas é essencial para o desenvolvimento da aviação civil no Brasil. “Nesse cenário, após análise dos setores técnicos da SAC, apresento apoio ao pedido de internacionalização do Aeroporto de Congonhas (SBSP)”, declarou Clarissa Costa de Barros, secretária nacional de Aviação Civil substituta, que assinou o ofício.
O Ministério de Portos e Aeroportos não comentou sobre o tema quando consultado em 23 de julho.
Segundo a Aena, com a aprovação oficial, o processo de internacionalização de Congonhas seguirá para as próximas fases de avaliação por outras entidades responsáveis. “A internacionalização de Congonhas representa um passo importante no projeto de modernização do aeroporto da capital paulista. Estamos em diálogo com vários órgãos para tornar isso possível.”
“Ter um aeroporto internacional central, eficiente, rápido e pontual, com um terminal moderno, confortável e com serviços de alta qualidade em uma metrópole tão importante do Hemisfério Sul cria uma grande oportunidade para melhorar a conectividade, fortalecer a economia e integrar a região”, disse o diretor executivo de Congonhas, Kleber Meira.
Para entender
A proibição dos voos internacionais comerciais em Congonhas começou em 1985, com a inauguração do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Essa restrição foi suspensa em 1992, mas logo depois voltou a valer.
Em agosto, quando foi ampliada a sala de embarque remoto do aeroporto, no piso térreo, a Aena informou que buscava autorização para início de voos executivos internacionais (viagens particulares) já em 2026.
Os voos executivos internacionais em Congonhas estão proibidos desde 2008.
A atual sala de embarque remoto deve ser usada pelo menos até junho de 2028, quando será aberto o novo terminal de passageiros do aeroporto, que será a estrutura para os futuros voos regulares internacionais.
Conteúdo: Estadão Conteúdo.

