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segunda-feira, 24/11/2025




Conflito entre Japão e China pode levar a respostas militares

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Nas últimas semanas, Sanae Takaichi, a primeira-ministra recém-eleita do Japão, tem estado sob os holofotes após afirmar que Tóquio responderá militarmente se a China tentar avançar sobre Taiwan. Essa declaração gerou uma intensa discussão diplomática entre os dois países.

A primeira-ministra Takaichi, que tem ligação ideológica direta com o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em 2022, disse durante uma sessão no Parlamento japonês que um bloqueio naval chinês a Taiwan, caso haja uso da força, representaria uma ameaça à segurança nacional do Japão, exigindo uma reação militar.

O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu duramente, exigindo que Takaichi retrate suas declarações. O porta-voz Lin Jian declarou que qualquer intervenção militar do Japão no Estreito de Taiwan seria vista como um ato de agressão e que a China tomará medidas firmes para responder.

Em resposta prática às tensões, o Japão enviou caças para o sudoeste do país, após identificar um drone chinês próximo à ilha de Yonaguni e Taiwan. Já a China anunciou a suspensão das importações de frutos do mar vindos do Japão.

Em sinal de apoio ao Japão, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, postou uma foto com um prato de sushi em suas redes sociais, manifestando solidariedade.

Segundo o cientista político Maurício Santoro, as recentes declarações da primeira-ministra Takaichi explicam a reação agressiva da China, mas há motivos estruturais de mais longo prazo, como a ascensão econômica e militar chinesa, que tem gerado tensão em toda a região Ásia-Pacífico.

Santoro acrescenta que o Japão está reavaliando sua postura militar e política, buscando retomar seu papel como potência regional, e que a influência do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe é fundamental nesse contexto, já que Takaichi é uma seguidora dele.

O especialista compara a situação na Ásia com a Europa, destacando a importância de aliados próximos para apoiar Taiwan em um possível conflito e enfatiza que a permanência de Taiwan com um governo autônomo é crucial para a segurança do Japão, que ficaria muito vulnerável se a China ocupasse a ilha.




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