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quinta-feira, 26/06/2025




Conflito em Gaza causa mais de 60 mortes; Espanha acusa genocídio

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A Faixa de Gaza enfrentou um novo dia crítico nesta quinta-feira (26), com 63 vítimas fatais resultantes de ações do Exército israelense, conforme informado por socorristas locais. O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, qualificou a situação como um “genocídio catastrófico”.

Com mais de 20 meses em conflito, os dois milhões de moradores da região vivem em condições extremas de escassez, segundo relatórios de direitos humanos.

A Defesa Civil de Gaza comunicou 63 óbitos por ataques israelenses nesta quinta, incluindo seis pessoas que faleceram enquanto aguardavam assistência alimentar.

Mahmoud Bassal, porta-voz da organização, atualizou o total inicial de 35 para 63 mortos após um bombardeio atingiu civis reunidos na cidade de Deir al Balah.

Além disso, sete palestinos, inclusive uma criança, morreram em ataques contra veículos perto de Khan Yunis e no campo de refugiados de Nuseirat, na região central.

O Exército israelense afirmou estar apurando os incidentes reportados, mencionando a ação de seus soldados para impedir a aproximação de suspeitos, incluindo disparos de advertência.

Acusações de genocídio

Israel intensificou bombardeios na ofensiva contra o Hamas, movimento islamista responsável por ataques em outubro de 2023 que desencadearam o conflito.

Após meses de bloqueio, a entrada limitada de ajuda humanitária foi autorizada recentemente, mas com relatos frequentes de violência durante a distribuição.

De Bruxelas, o líder espanhol Pedro Sánchez pediu que a União Europeia suspenda imediatamente seu acordo com Israel, citando um relatório confidencial que descreve a situação em Gaza como genocídio.

O estudo menciona o bloqueio aos auxílios, o alto número de vítimas civis, ataques a jornalistas e a devastação causada pela guerra.

O conflito começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas resultando na morte de mais de mil israelenses, e na captura de centenas de reféns.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva que já causou mais de 56 mil mortes na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde local e confirmada pela ONU.

Ajuda humanitária e controvérsias

Desde o final de maio, cerca de 550 pessoas morreram próximas a centros de assistência em Gaza. A distribuição de ajuda está a cargo da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e Estados Unidos, mas rejeitada por agências da ONU e ONGs que acusam a organização de militarizar a assistência.

Os Estados Unidos anunciaram um financiamento direto de 30 milhões de dólares para a GHF, incentivando outros países a seguir o exemplo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou a entrega recente do primeiro lote de suprimentos médicos em Gaza desde o início do bloqueio.

Devido a restrições e dificuldades de acesso em Gaza, confirmações independentes dos impactos permanecem limitadas.




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