O Índice Nacional de Confiança, feito pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aumentou 2,1% em outubro comparado a setembro, alcançando 98 pontos, próximo do número 100 que separa o otimismo do pessimismo. Esta é a terceira alta seguida, graças à melhora na percepção das famílias sobre sua situação financeira atual e à expectativa de aumento na renda e no emprego.
Em comparação a outubro do ano passado, o índice caiu 4,8%.
A pesquisa ouviu 1.679 famílias de todas as regiões do Brasil, incluindo capitais e cidades do interior.
Todas as regiões mostraram avanço, com destaque para o Centro-Oeste e o Norte. Entre as classes sociais, o otimismo cresceu principalmente entre as famílias das classes AB e C. Nos resultados por gênero, ambos os sexos apresentaram aumento da confiança, mas as mulheres tiveram uma recuperação maior que os homens.
De acordo com a ACSP, o aumento geral na confiança levou a uma maior disposição para comprar bens de maior valor, como carros e casas, além de produtos duráveis como geladeiras e fogões, e também aumentou a vontade de investir.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, explica que a melhora na confiança acontece devido a um mercado de trabalho aquecido e a medidas de estímulo de renda, como o novo empréstimo consignado e o pagamento de precatórios. Esses fatores têm mantido o ânimo e o consumo das famílias. “Porém, o alto nível de endividamento e os efeitos negativos das taxas de juros elevadas na economia, que ainda serão sentidos, podem diminuir a confiança do consumidor nos próximos meses”, disse ele.
