O Índice de Confiança do Comércio (Icom) aumentou 0,2 ponto em dezembro em comparação ao mês anterior, marcando o quarto aumento consecutivo em 2025, atingindo 90,1 pontos, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 30.
Quando analisado pela média móvel trimestral, o Icom subiu 1,8 ponto em dezembro, alcançando 88,7 pontos.
Geórgia Veloso, economista do FGV IBRE, destacou que a confiança do comércio tem aumentado continuamente, impulsionada principalmente pela melhora nas expectativas para o futuro. Apesar de uma queda na avaliação da situação atual, houve uma leve melhora na percepção da demanda.
Ela explicou que as expectativas de vendas para os próximos meses continuam crescendo, afastando-se do pessimismo intenso observado anteriormente.
De acordo com Geórgia, durante 2025, a avaliação sobre a situação atual refletiu um cenário moderado, onde o aperto na política monetária e o alto endividamento das famílias foram parcialmente compensados por avanços no mercado de trabalho, limitando variações mais intensas. A melhora nas expectativas pode estar ligada à expectativa de alívio na política monetária e ao aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda no próximo ano.
Em dezembro, a subida na confiança foi observada em quatro dos seis principais setores do comércio, sendo influenciada principalmente pelas expectativas para os próximos meses.
O Índice de Expectativas (IE-COM) cresceu 1,0 ponto, chegando a 89,2 pontos, marcando sua quarta alta seguida. Os componentes desse índice também melhoraram: o indicador que mede as perspectivas de vendas para os próximos três meses subiu 0,7 ponto, alcançando 88,7 pontos, e o que avalia as expectativas para os próximos seis meses avançou 1,3 ponto, atingindo 90,0 pontos, o maior nível desde novembro de 2024.
Enquanto isso, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,6 ponto, para 91,6 pontos.
O indicador que avalia a situação atual dos negócios caiu 2,3 pontos, para 92,6 pontos, após uma forte alta no mês anterior. Em contrapartida, a avaliação do volume atual de demanda subiu 1,2 ponto, para 90,8 pontos.
A coleta dos dados foi realizada entre os dias 1º e 23 de dezembro, segundo a FGV.
